Um caso absurdo, mas quem se importa?

Daqui a sete dias vai completar exatos 1.000 dias que o prefeito de Maringá, Silvio Barros II (PP), assinou o contrato de prestação de serviços nº 230/2008, pelo qual, pelo valor de R$ 967.900,00 a Just Construções e Empreendimentos Ltda. se comprometia a executar a reforma e ampliação do Centro de Educação Infantil Nilza de Oliveira Pipino, localizado na rua Bem-te-vi, Conjunto Ney Braga. No dia 17 de novembro do distante ano de 2008, quando o contrato foi assinado, a prefeitura especificou que o local havia sido “previamente inspecionado pela contratada que examinou detalhadamente o projeto, as especificações e toda a documentação da licitação respectiva e que se declara em condições de executar os  serviços em estreita observância com o indicado no projeto, nas especificações e na  documentação levada a efeito pela licitação através do edital de tomada de preços”. O prazo para a conclusão da obra era de 210 dias.

No dia 25 de agosto último, o 12º aditivo (isto, 12º aditivo) foi assinado entre a empresa e a prefeitura, que deu mais 120 dias para a construtora terminar a obra – o prazo acaba, desta vez, em 23 de dezembro, um dia antes do Natal. Quando, e se, a reforma estiver pronta, estará com “apenas” 833 dias de atraso – ou seja, além de 2 anos e 3 meses. O atraso, absurdo, nunca visto em Maringá, parece não incomodar ninguém, aí incluídos juizes, promotores, Gaeco, Civil, PM, vereadores, presidentes de OAB, SER, Observatório Social, Acim, o bispo, pastores, imprensa, o delegado da Receita, da PF, o vendedor de pipocas…

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