Denúncia crime: mais um pedaço da história

O ministro Dias Toffoli ainda não decidiu sobre o pedido do secretário de Indústria e Comércio de Beto Richa, Ricardo Barros (PP), contra quem há uma denúncia crime no Tribunal de Justiça do Paraná, resultado de escuta telefônica gravada pelo Gaeco. Depois de receber as informações da 2ª Vara Criminal, em despacho publicado nesta segunda-feira o ministro voltou a solicitar dados do TJ-PR sobre o pedido; Barros quer acesso às gravações integrais da Operação Quebra Galho, que resultou no afastamento do então secretário de Serviços Públicos, Vagner Mússio, e envolveu servidores e empresários, acusados de superfaturamento na poda de árvores. Ao solicitar novas informações, mais um pedaço do caso acabou chegando a público.
De acordo com o relato, Ricardo Barros em momento algum teve seu sigilo telefônico quebrado, nem foi investigado pelo juízo da 2ª Vara Criminal, pois, sendo secretário de estado, a providência está fora da alçada de primeira instância. A quebra de sigilo telefônico dos envolvidos na operação apurada pelo Gaeco incluiu a escuta de “alvos novos”, entre eles o telefone do secretário de Saneamento Básico Leopoldo Fiewski [hoje, também secretário de Gestão e de Fazenda do governo de 100 dias de Carlos Roberto Pupin], quando houve a captação de diálogo ocorrido entre ele (um dos alvos da investigação) e o ex-deputado Ricardo Barros. O Ministério Público Estadual entendeu que a conversa entre os dois configurou crime, requerendo então que a documentação e o CD com as gravações anexados aos autos a partir daquele diálogo captado fossem fossem encaminhados ao procurador geral da Justiça do Paraná, para as providências que julgasse necessárias, o que foi deferido.
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