Urbamar, parques industriais e Ricardo Barros

Há mais ou menos um ano o prefeito enviou e a Câmara, com os votos da Turma do Amém, aprovou um projeto de lei que referendava todos os atos anteriores da Urbamar e lhe concedia mais ’30 anos de vida’, sob o argumento principal de que a empresa serviria para obter financiamentos para compra de terrenos e toda a infra estrutura para a abertura de novos parques industriais. Era uma falácia, uma pegadinha, um engana trouxa, denunciou na época este modesto colaborador, mas muitos, inclusive os quatro vereadores que fazem o trabalho de vereador, não nos deram muita atenção. Para mim um dos maiores absurdos legais, se é que há absurdos legais, pois a Urbamar não foi criada para esta finalidade e deveria ter sido extinta há 20 anos.
Logo em seguida anunciou-se a compra de terrenos, pelo município, para os ditos parques industrias e não se falou mais nos tais financiamentos através da Urbamar. Nos últimos dias o secretário estadual Ricardo Barros tem se dedicado a promover a venda desses terrenos. Em pelo menos duas oportunidades usou as ‘ entrevistas’ do Pinga Fogo, e um evento para dar recados, chamando empresários. Ora, isto não é atribuição de um secretario de Estado, já que é um programa municipal. Por que teria interesse? Seria o mesmo interesse que teria na licitação da publicidade e propaganda? Qual a sua meta? Na Urbamar criou-se uma Diretoria Jurídica, sem base legal, e nomeou-se pessoa muito ligada a ele, que veio a falecer e foi substituída pelo filho. Com a dita lei, pretendeu-se acertar a situação. Será que ninguém (vereadores) vai tomar providências e propor uma CPI para investigar o caso, ou levar ao MP? Tenho a impressão de que há um esquema muito grande na compra e venda desses terrenos, com interesses não republicanos. O que acha, Ton Schiavone?
Akino Maringá, colaborador

Advertisement
Advertisement