Candidata defende expropriação de imóveis ociosos

Débora Paiva na Acim
A candidata à prefeita de Maringá pela coligação PSol/PSTU, Débora Paiva, foi a terceira que concorre ao pleito a apresentar propostas na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá, ontem. Ela iniciou a apresentação elogiando a oportunidade de apresentar seu plano de governo, ainda mais tendo em vista que tem um tempo reduzido para explanação em programas gratuitos de televisão e rádio. Entre as propostas da candidata está a mudança da “lei orgânica para a expropriação de imóveis que estão ociosos há mais de cinco anos sem cumprir sua função social”. Outra proposta é a destinação de 6% do orçamento para a construção de casas populares.

Se eleita, Débora disse que vai adotar medidas para a execução de um “transporte coletivo estatal, barato e de qualidade”. Privilegiar o uso da bicicleta, com construção de ciclovias, é outra meta proposta pela candidata. “Entendemos que a relação entre a prefeitura e a TCCC não é um exemplo bom. Por que este monopólio? Maringá tem um dos transportes coletivos mais caros do país”, declarou, para na sequência criticar a redução do número de ônibus coletivos circulando em períodos de férias escolares. “Os trabalhadores continuam precisando utilizar este serviço durante as férias”, afirmou.
Na área da saúde, Débora se compromete a “ampliar e estruturar as unidades de atendimento 24 horas para os bairros populares de Maringá, com equipamentos e servidores públicos concursados”. E a carga horária seria de no máximo 30 horas semanais para os servidores municipais, sem redução de salários.
Para erradicar o analfabetismo, a candidata pretende ampliar o programa de jovens e adultos e melhorar as condições de trabalho na educação pública. Como há mais de quatro mil crianças esperando uma vaga em creche, a proposta da Débora é ampliar a capacidade dos centros de educação infantil.
Se eleita, Débora quer criminalizar a homofobia e distribuir kits anti-homofobia nas escolas municipais, formulados pela comunidade GLBT, professores, funcionários, pais e alunos. A recuperação de córregos, rios e demais afluentes e o fortalecimento das cooperativas de coleta e reciclagens de lixo deverão ser prioridades na área ambiental.
Após a apresentação de propostas, a candidata foi questionada sobre a expropriação de propriedades e a quebra de contratos. Em resposta, ela afirmou que “haverá quebra se o contrato não estiver atingindo os objetivos da população. Será que está licitação está legalmente correta? Acho que não. Vamos romper contratos que não estejam beneficiando o trabalhador e os compromissos com a cidade”, afirmou.
Em resposta a um questionamento sobre o posicionamento em caso de invasão de lotes desocupados, a candidata respondeu que “caso ocorresse uma ocupação de pessoas pobres e carentes em áreas urbanas, a prioridade seria proporcionar um local adequado de moradia para estas pessoas. E se este espaço não estiver sendo ocupado, tomaremos medidas para que se tornem moradias e cumpram uma função social”.
Ao final da visita Débora Paiva recebeu um documento com propostas para o desenvolvimento de Maringá nas áreas de ciência e tecnologia; meio ambiente; infraestrutura e transportes; construção civil; educação e qualificação dos trabalhadores; segurança; comércio e serviços; turismo. O documento foi elaborado em conjunto pela ACIM, Conseg Maringá, OAB, Sociedade Médica, Sivamar, Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, Secovi, Aeam, APL de Software e Codem. Na segunda-feira da semana que vem será a vez do candidato Alberto Abraão apresentar seu plano de governo. Foto Walter Fernandes.

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