Silvio II fala como prefeito

O Diário publicou na edição deste domingo uma longa entrevista com Silvio II, de duas páginas, concedida a Murilo Gatti. Vale a pena conferir e ficar impressionado com a capacidade de transformar meias verdades em verdades e convencer os menos atentos. Por exemplo: Dentre as grandes obras ele cita o Contorno Norte, como se fosse uma realização da administração Barros (ele prefeito de direito e o irmão, de fato), criticando os que criticaram o superfaturamento, que ficou provado. Das ATIs, que o ex-secretário Nagayama trouxe da China. Insiste em dizer que foi pioneiro da criação da Secretaria de Controle Interno e que o titular foi escolhido pela sociedade, quando isto é uma exigência legal e o Zanoni nem de longe representa a sociedade e sim foi um escolha do Observatório Social, que se revelou um apêndice da administração. O desfavelamento do Santa Felicidade, que foi na verdade o aproveitamento de verba que havia no Governo Federal. Disse que a oposição espalhou que a ideia era favorecer o Condomínio Villagio Bourbon, que seria ampliado tomando o bairro. Mostrou se magoado com o MP , a quem acusa de ser o culpado pelo fracasso da Biopuster. Não se conforma com a revogação da medida que proibia as casas geminadas. Enfim a entrevista é longa e o leitor menos atento se deixará convencer que esses oito anos de administração Barros (Silvio e Ricardo) foram maravilhosos. Falou com se fosse o prefeito de fato, mas sabemos que o prefeito de fato foi e deve continuar sendo, enquanto Pupin estiver, de direito, ocupando a cadeira, Ricardo Barros, que está para Maringá como ACM foi para Bahia, Sarney é para o Maranhão e tantos outros exemplos de coronéis da política nordestina.
Akino Maringá, colaborador

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