Barros processa juiz e promotores

noticiacrime
O secretário de Indústria e Comércio de Beto Richa (PSDB), Ricardo Barros, resolveu partir para a briga. No último dia 19, o ex-prefeito de Maringá e atual presidente estadual do PP protocolizou uma denúncia-crime contra um juiz e dois promotores públicos da comarca. Barros foi denunciado criminalmente no Tribunal de Justiça do Paraná no final de 2011; a denúncia incluiu gravações telefônicas, feitas a partir de autorização judicial, que mostravam a influência do irmão mais novo na gestão Silvio Barros II/Carlos Roberto Pupin. O processo tramita sob segredo de justiça, desde então, devagar, quase parando. Richa chegou pensar em substituir Barros, mas, ao que se informa, o governador tem medo dele; se o demitisse, ele perderia o foro privilegiado. Ricardo Barros, conhecido como capo, foi o coordenador-geral da campanha de Pupin, e é ele quem continua mandando e desmandando na prefeitura; ele também tem condenações por improbidade.
Não há detalhes sobre as alegações da notícia crime, que foi apresentada contra o juiz Devanir Manchini, da 2ª Vara Criminal de Maringá, que autorizou as gravações telefônicas; e contra os promotores Laércio Januário de Almeida, do Gaeco, e José Aparecido da Cruz, de Proteção Patrimônio Público. Barros já representou várias vezes contra o promotor Cruz, que atuou no caso Gianoto e conseguiu a condenação de Silvio Barros II (irmão mais velho de Ricardo) em várias ações por improbidade administrativa. A ação tem como relator o desembargador Paulo Roberto Hapner e há cinco dias está com vista à Procuradoria da Justiça/Ministério Público.

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