Exames identificarão dislexia nas escolas

Na sessão ordinária de ontem da Assembleia Legislativa, foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição do Estado nº 02/12, de autoria da Comissão Executiva, que trata da eleição dos dirigentes do Tribunal de Justiça. Também passaram 80 indicações parlamentares. Entre as sete matérias aprovadas em primeira discussão está o projeto de lei nº 398/11, de autoria do deputado Dr. Batista (PMN), presidente da Comissão de Saúde Pública do Legislativo, que cria o Programa Semana de Identificação da Dislexia na Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná. Segundo o deputado Dr. Batista, que é médico, com a falta de informações sobre a dislexia as pessoas em geral tendem a discriminar os portadores e não há o apoio necessário para que os disléxicos possam superar o seu problema. Por isso, com este projeto de lei, o que se propõe é a aplicação de exames no conjunto dos estudantes matriculados nas escolas estaduais, com enfoque para aqueles do ensino fundamental. Dr. Batista explica que normalmente as pessoas associam a dislexia à má alfabetização, problemas de desatenção, baixa condição socioeconômica, desmotivação e pouca inteligência. No entanto, ele informa que a dislexia é decorrente de uma defasagem localizada no lado esquerdo do cérebro, e se caracteriza por acarretar dificuldades na área da leitura, escrita e soletração. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado, especialmente na decodificação das palavras. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras como, por exemplo, o “b” com “d”, ou mesmo tendem a escrever palavras na ordem inversa como, por exemplo, de “ovóv” para “vovó”.  O autor do projeto cita dados de pesquisas que mostram que de cada dez crianças em sala de aula, duas são disléxicas. “Quanto mais rápido for o diagnóstico, mais rápido e eficaz será o tratamento desse transtorno, evitando que a criança passe por situações constrangedoras”, argumenta. Leia mais.

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