Pupin nega valorização e greve do Samu continua

A mesa de negociação entre a administração municipal e a comissão que representa os trabalhadores em greve teve nova rodada nesta quarta-feira, às 8 horas, desta vez com a presença do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP). Ao final da reunião, nenhuma novidade. Até novembro, quando deve ser implementado o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração, Pupin negou qualquer valorização salarial aos socorristas que salvam vidas.

Era grande a expectativa, entre os trabalhadores, de que Pupin teria uma postura diferente de alguns de seus secretários, reconhecendo a importância dessa categoria. Faixas informam à população que a luta é justa. Por jornada estressante de trabalho, com 40 horas semanais, socorristas do Samu recebem salário base inferior a R$ 1.100. Sem fiscalização de jornada e comprovação de conhecimento técnico na área que desempenham, cargos de confiança (CCs) recebem entre R$ 1.591 e R$ 10.600.De acordo com dirigentes do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), na reunião Pupin (PP) manteve a linha de sua equipe de governo, alegando que se conceder reajuste a uma categoria terá de conceder a todas. A negativa de Pupin inflamou a categoria, que segue com manifestos na frente do Paço Municipal e em alguns cruzamentos, no Centro da cidade.
O Sismmar questionou por que o prefeito não apresenta qualquer contraproposta para ser levada à categoria? Pupin considerou uma avaliação nesse sentido e nova reunião foi agendada para antes do meio-dia, também no Paço Municipal. Enquanto isso, servidores prosseguem com a greve, mantendo 50% do atendimento à população, com duas unidades básicas e uma avançada. Mesmo com metade do efetivo parado por conta da greve, ainda assim o atendimento é superior às inúmeras vezes em que a Prefeitura de Maringá, por falta investimentos no setor, disponibilizou ao Samu apenas uma ambulância – enquanto as demais seguiam na garagem, sem condições de uso por falta de reparos. Os servidores do Samu pedem aumento salarial de R$ 1.090 para R$ 1.400. Enquanto o PCCR não é implementado, como medida paliativa, a categoria cobra pagamento de gratificação mensal no valor de R$ 450. (Assessoria/Sismmar)

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