Faep defende prorrogação de contratos para reduzir pedágio

agide“Para os produtores rurais – e para toda a economia – é desejável que as obras sejam realizadas o mais breve possível e que o preço do pedágio seja reduzido, não importa se os contratos sejam prorrogados, desde que atendam aos interesses paranaenses”. A afirmação é do presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguete, em artigo publicado no boletim semanal da entidade que representa o empresariado do setor agropecuário estadual, maior produtor nacional de grãos e carnes. Segundo Meneguete, a Faep e outras organizações, como a Ocepar, a Federação do Comércio e a Fetranspar, sempre se manifestaram contra o alto preço do pedágio, “embora a favor da concessão como única forma de termos rodovias em condições de tráfego”. E destacou o que definiu como “um fato novo” desde a implantação do pedágio no Paraná, no fim dos anos 90, a iniciativa do governo estadual de negociar uma antecipação de obras de duplicação e de construção de contornos e melhorias, e, ao mesmo tempo, de reduzir as tarifas de pedágio.
Depois de lembrar que o governo passado sempre esteve “mais preocupado em politizar a questão do pedágio do que realmente resolvê-lo”, Meneguete elogiou a decisão da atual gestão de criar a Agência Reguladora de Serviços Concessionados do Estado do Paraná (Agepar), que considera “um avanço que permitiu negociar com as concessionárias, algo até então difícil” em razão da judicialização excessiva do tema.
Agora, com a Agepar, que já contratou estudos de auditoria para avaliar o cumprimento dos contratos, haverá bases para acelerar a realização de obras suprimidas ou adiadas em razão de aditivos aos contratos originais. “Com os sucessivos aditamentos, mudanças de regras e ações judiciais, as obras do Anel de Integração, além de reduzidas, foram postergadas. Faltam nove anos para o final dos contratos e, mantidas as atuais condições, as obras devem ser realizadas apenas no final do prazo”.
Para o presidente da Federação da Agricultura, “se formos esperar mais oito ou a nove anos pelas obras mantendo-se os preços atuais de pedágio – anualmente corrigidos – o Paraná não terá vantagem alguma”. Meneguete reafirmou que os produtores rurais querem “apenas que as rodovias sejam melhoradas e que o custo do transporte dos produtos da agropecuária seja reduzido”.
Em seu artigo, frisou também que “pouco interessa trocar a concessionária ‘a’ por uma nova concessionária ‘b’. Mantidas as mesmas concessionárias, com um novo contrato que seja bem amarrado e muito bem fiscalizado e auditado pela Agepar, o Paraná levará a vantagem de ter as obras de duplicação de rodovias antecipadas”, finalizou.

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