Um Natal surucuano trocado em miúdos

De Zé Roberto Balestra, no blog de Joaquim de Paula:
gigiEnfim entramos na semana do Natal. Ainda há tempo, pouco, mas há, para mandar aquele cartão de Feliz Natal! a um amigo ou amiga, mesmo que seja por e-mail, porque isso já não é reparado por ninguém; a virtualidade tomou mesmo as rédeas da vida da gente. Estamos na estação da alegria, ocasião para reencontros, abraços a quem de há muito não se vê, de celebrar com um café na antiga confeitaria ou uma cerveja gelada no bar mais tradicional da cidade, ou apenas colocar a conversa em dia, a seco mesmo, em um banco de praça qualquer. O corpo pede isso e a alma muito mais: é chegado o tempo de fechar olhos para a tirania dos ponteiros que nos algemam aos compromissos ano a ano. Por isso troco em miúdos hoje aqui meus sinceros votos de:
– FELIZ NATAL ao amigo Joaquim de Paula e família, ao Blog, seus leitores e colaboradores, ainda que recente pesquisa de opinião local tenha lhes faltado com o apreço enquanto veículo real de comunicação, com credibilidade sustentada por mais de 2 milhões de acessos no ano de 2013. A cegueira mais grave é a de quem não quer ver.
– FELIZ NATAL a todos os cidadãos e cidadãs comuns paranavaienses, de nascimento – como eu – ou adotados de coração pela cidade como seus filhos queridos. O tronco da árvore frondosa é sustentado por raízes que longe buscam as seivas novas.
– FELIZ NATAL aos conterrâneos e amigos que vivem longe do torrão amado, lutando por um lugar ao sol, nutrindo o sonho de um dia voltar a sentir o dezembro do arenito. Navegar é preciso, e viver não é necessário!, já dizia o filósofo romano Plutarco, há mais de dois mil anos.
– FELIZ NATAL àqueles que abnegadamente tem doado parte de seu tempo aos menos favorecidos pela sorte na cidade. Cada folha singela da árvore é uma misericórdia divina ao viajante de pés cansados pelo sol inclemente.
– FELIZ NATAL aos homens e mulheres de boa vontade que na cidade tem olhos para os animais abandonados, cuidando-lhes as feridas e as dores da solidão como se fossem seus. Eles também são partes da Obra do Mestre, portanto, são nossos irmãos dependentes.
– FELIZ NATAL ao administrador da cidade pelas decisões tomadas neste ano, mesmo contrariando os munícipes em algumas delas, e as mais ansiadas tenham sido deixadas para oportunamente. Triste é a visão de um jardim com borboletas moribundas.

– FELIZ NATAL aos vereadores do arenito, em especial àquele que, sem deixar a tribuna ou as deliberações da Casa de Leis, auxilia aos menos favorecidos nos instantes de padecimento. Leis são necessárias para a harmonia entre direitos e deveres da vida em sociedade, mas sem vida elas perdem a razão de ser.
– FELIZ NATAL ao deputado da cidade por seu feito político do ano, a reitoria, apesar da mudez à homologação (política, e não técnica!) da clínica oncológica já instalada com investimento privado e descomprometido na cidade, e da bandeira do curso de medicina definitivamente arriada pelo frenesi do discurso irrefletido. Um copo com água pura no deserto vale mais que baldes de ouro.
– FELIZ NATAL à Dona Val Mello por sua bravura em enfrentar o silêncio dos que podiam socorrê-la no mar revolto em que se vira nesses últimos dois anos, mas por inflada vaidade não o fizeram. A voz de Aline não desceu com seu corpo à campa. Ao contrário, elevou-se, transformada em nova coluna de mármore na edificação pelos esquecidos, travada pelos homens e mulheres abertamente altruístas. Nenhum projeto político de progresso local será bendito enquanto um sequer de seus habitantes tiver de pôr-se de joelhos perante os novos Pilatos.
– FELIZ NATAL também ao ex-deputado federal que vem travando grande luta na própria arena para tornar a um novo lugar ao sol entre seus pares, os quais visivelmente lhe obstam. Mas quando a mão é oferecida em caridade e sem dissimulação a quem pede e precisa de socorro material, a luz da palavra dada cega opositores. Do contrário a escuridão persistirá. “Tudo aquilo que se compartilha multiplica.” – ensina o Papa Francisco.
Por fim caros leitores, peço-lhes respeitosamente que disso não se esqueçam; a data do NATAL pode ser uma convenção humana, adotada por uns, recusada por outros e comercializada por tantos, ‘porém O ANIVERSARIANTE E SEU AMOR SÃO VIVOS E VERDADEIROS! como as águas dos oceanos e o sorriso das crianças.

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