A cada 15 dias, um vagão de cimento

Dom Jaime e seu Joaquim
De Joaquim Romero Fontes:
Eu estava em Santos. Subia para São Paulo naquele trenzinho e sentei no banco onde estava Monsenhor Sidney Zanettini, que era o Padre da Catedral. Aí iniciamos conversa e ele me falou: Seu Joaquim, vamos continuar as obras da Catedral. O senhor podia fazer parte também. Vai haver uma reunião na casa de Dom Jaime para tratar disso. Eu falei: Se puder ajudar em algo, estou à disposição. Participei da reunião na casa de Dom Jaime e aceitei fazer parte.
Nessa reunião elegeram-me o primeiro tesoureiro. No final da reunião, Dom Jaime pediu que a cruz da catedral estivesse colocada para os festejos de Maringá, no dia 10 de maio. Aceitei o encargo. Eu disse: Temos que trabalhar muito porque daqui até lá são 10 meses. Como primeiro tesoureiro eu já procurei ver em que porta iria bater para arrumar os recursos. Lembrei que deveria conversar com o diretor da Companhia de Terras.
Chegamos à Companhia de Terras e já iniciamos a conversa sobre a Catedral. Doutor Hermann Moraes Barros perguntou: O que você é dessa comissão? Que cargo você ocupa? Falei: Sou o primeiro tesoureiro. Ele disse: A Companhia vai mandar o restante do cimento pra terminar a Catedral. E a cada 15 dias vinha um vagão de cimento. Isso deu muita vida para nós.
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(*) Trecho do livro “Jaime: Uma História de Fé e Empreendedorismo” (Editora DNP), de autoria dos jornalistas Everton Barbosa e Luciana Peña, publicado em 2011

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