Empresários pedem providências contra abuso de flanelinhas

Empresários de Maringá que atuam no ramo de festas, formaturas e baladas estão incomodados com a ação abusiva dos flanelinhas durante a realização dos eventos. Segundo eles, o valor cobrado dos clientes chega a ser de mais de R$ 20 por veículo e a maneira como atuam gera transtornos e prejuízos aos estabelecimentos. Para tentar buscar soluções para o problema, representantes do segmento estiveram reunidos na manhã de ontem, no encontro de diretoria do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, que teve a presença do presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), coronel Antonio Tadeu Rodrigues.
A reunião foi realizada no auditório do Aspen Park Trade Center e conduzida pela comissão de eventos do Maringá Convention Bureau. De acordo com Batista Franco, diretor de projetos estratégicos da entidade e membro da comissão, a forma de atuação dos flanelinhas é sempre a mesma. “Eles se identificam como profissionais credenciados da organização e conduzem os motoristas a estacionarem na rua ou em datas que eles mesmos capinam durante o dia. Os condutores percebem que se tratam de flanelinhas, mas, se sentem inseguros em não seguir as orientações deles”, explica. “Outra exigência é que o pagamento seja antecipado”, completa.
Para o diretor do Maringá Convention Bureau, os organizadores de eventos suspeitam que exista um grupo organizado de cuidadores de veículos atuando na entrada dos estabelecimentos. “São sempre os mesmos indivíduos. Eles sabem onde as festas vão acontecer e distribuem a área de atuação de cada um”, analisa.
O coronel Rodrigues concorda com a reivindicação dos representantes do setor de eventos. Segundo ele, a ação dos flanelinhas é ameaçadora, constrangedora e, inclusive, ajuda a afastar os turistas da cidade. “Não tenho uma análise que comprove se esses grupos são ou não organizados, mas, o fato é que algo precisa ser feito para que a sociedade pare de ser prejudicada, mesmo não se tratando de uma questão fácil de ser resolvida”, explica.
A sugestão é que uma nova reunião seja agendada em breve para que projetos de lei já pautados pelo Legislativo e arquivados voltem a ser discutidos. Outra decisão é que encontro tenha a participação das polícias Militar e Civil, Guarda Municipal, Ministério Público, Poder Judiciário, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dos vereadores que compõe a Comissão Especial de Estudos sobre Segurança da Câmara Municipal. “Somente com uma ação conjunta conseguiremos algum resultado efetivo”, acrescenta Rodrigues. (Assessoria)

Advertisement
Advertisement