Abordagem e suposta agressão no aeroporto acabam na delegacia
O empresário João Cioffi (foto), proprietário da RTV Canal 10, recebeu voz de prisão por desacato na manhã de hoje, no Aeroporto Regional Silvio Name Junior. Tudo porque, segundo ele, perguntou o nome de uma policial militar cujo uniforme estava sem a identificação. A policial, que se chamaria Adriana, teria agredido o irmão de João, Gaspar Cioffi, 54, na última quarta-feira. Gaspar, que trabalha na roça e reside em Nova Esperança, é alcoólatra, tem deficiência e tinha vindo a Maringá para realização de exames; como nunca tinha visto aviões de grande porte, ficou no pavimento superior do aeroporto vendo a movimentação de aeronaves, das 8h às 12h. Foi quando, por determinação do superintendente da SBMG, Fernando Camargo, ele foi abordado e agredido pela PM, que lhe desferiu oito socos, inclusive na região dos rins. Camargo, que foi presidente da Urbamar na gestão Silvio Barros II, secretário de Obras Públicas e assumiu a SBMG recentemente, teria se sentido incomodado pelas vestimentas e do cheiro exalado pelo senhor. Na sexta-feira, depois de chegar de viagem e ficar sabendo do que aconteceu com o irmão, Cioffi confirmou os detalhes e hoje, seguindo orientação para registro da queixa, buscou saber o nome da suposta agressora no aeroporto. De acordo com o ex-candidato a prefeito (ele disputou as eleições em 2000), a PM havia tirado o nome da farda, e por isso perguntou seu nome, recebendo voz de prisão em seguida, por desacato. No aeroporto ele disse que também ouviu absurdos de Fernando Camargo, e adiantou que requisitará as imagens das câmeras mostrando a abordagem feita ao irmão. Ao chegar à delegacia, perto das 12h, Cioffi fez queixa contra a policial, e ela contra ele; a audiência no Jecrim foi marcada para 11 de julho. O proprietário da RTV Canal 10 está indignado com o fato, em especial com o tratamento recebido no aeroporto, além da falta de compreensão demonstrada com seu irmão, pessoa humilde e que é doente. Ele comunicou o ocorrido à Comissão de Direitos Humanos da OAB, à Polícia Militar e ao prefeito Carlos Roberto Pupin.