Quebra de safra passa de 25% na região da Cocamar

Uma safra de soja que tinha tudo para ficar entre as melhores dos últimos anos não resistiu ao clima seco de janeiro, que foi marcado também por temperaturas muito acima da média. Na região da Cocamar, que se estende por dezenas de municípios do noroeste e norte do Estado, a perda, no geral, passou de 25%, segundo o departamento técnico da cooperativa. Em alguns lugares, a situação foi bem mais grave. A realidade das lavouras de soja de grande parte do Paraná contrasta com as informações de que o país vai colher neste ano uma safra recorde de grãos, estimada recentemente em 193 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), das quais 90 milhões de soja. Em alguns municípios, como Bela Vista do Paraíso, Alvorada do Sul e Primeiro de Maio, no norte do Estado, a quebra de produtividade deve ultrapassar 50%, como resultado de 40 dias sem chuvas. Em Atalaia, no noroeste, a situação é semelhante.
De acordo com o coordenador técnico de culturas anuais da cooperativa, agrônomo Emerson Nunes, a média de produtividade, calculada em 110 sacas por alqueire no início do ciclo, já caiu para 88 sacas. Além da perda na produção, a qualidade dos grãos também foi comprometida em razão das altas temperaturas. Segundo Nunes, reflexos negativos dessa situação devem ser sentidos também na safra de inverno, uma vez que haverá redução no cultivo de milho, além de menos investimento em tecnologia. Na região norte, muitos produtores devem migrar para o trigo. (Flamma)

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