R$ 200 milhões deixam de circular na região

A economia da região de Maringá vai deixar de receber ao menos R$ 200 milhões, neste início de ano, como consequência da estiagem que reduziu a produtividade da soja na safra 2013/14, já em fase final de colheita. O cálculo é da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que projeta uma quebra média de 25% nas lavouras. Segundo a empresa, a redução foi afetada pela estiagem ocorrida em dezembro e janeiro, agravada neste último mês em razão do intenso calor. No início do ciclo, a média era calculada em 110 sacas por alqueire paulista (45,4 sacas/hectare). Atualmente, está em 88 sacas (36,3/hectare), mas ainda pode cair mais. Em alguns municípios, como Bela Vista do Paraíso, Primeiro de Maio e Alvorada do Sul, a diminuição deve ultrapassar 50%, resultado de 40 dias sem chuvas. Em Atalaia, no noroeste, a situação é semelhante.
O presidente executivo da cooperativa, José Fernandes Jardim Júnior, que assumiu o cargo no início deste mês, afirma que “no geral, poucos conseguiram colher o que esperavam”. Segundo ele, houve também um quadro de má-distribuição de chuvas. Em alguns lugares, a produção é praticamente normal. Em outros, há produtores que ficaram no prejuízo, pois o resultado da colheita sequer vai cobrir o custo de produção. Diante da menor oferta de soja em sua região, a Cocamar terá que recorrer à compra de matéria-prima em outras partes do país, como o Mato Grosso, para abastecer a sua indústria, que tem capacidade para processar 1 milhão de toneladas. A previsão inicial da cooperativa era de receber praticamente aquele volume.(Assessoria)

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