Estiagem reduz 1 tonelada por hectare

Seca prejudica soja em Paiçandu
Foi um corte e tanto. Na fase inicial de desenvolvimento das lavouras de soja na região da Cocamar, que compreende parte do noroeste e norte do Estado, um levantamento feito pela cooperativa apontava para uma expectativa de produtividade média ao redor de 3.300 quilos por hectare, ou 55 sacas. “A cultura teve um ótimo começo”, lembra o coordenador técnico de culturas anuais da cooperativa, Emerson Nunes. O ciclo 2013/14, no entanto, começou a enfrentar problemas climáticos em dezembro, que se acentuaram em janeiro, quando foram registradas, também, altas temperaturas. O resultado é que, terminada a colheita, a média ficou perto de 2.300 quilos por hectare (38 sacas), o que dá uma quebra de 30% ou exatamente uma tonelada a menos que o esperado. Segundo Nunes, a média variou bastante de uma localidade para outra, com municípios que sentiram mais os efeitos da seca, enquanto em outros as perdas não chegaram a impactar tanto.
Em Doutor Camargo, o produtor Luiz Totti conta que as médias foram muito variáveis, também, nas propriedades. “Mas quem plantou mais cedo, acabou tendo mais problemas”, disse. Histórias como a dele se ouve em todos os lugares. Antonio Válter Tamborlin, por exemplo, de Atalaia, cultivou 382 hectares e as médias ficaram entre 12 e 61 sacas por hectare. Segundo ele, detalhe curioso é que a área mais produtiva foi a do município de Santa Mônica, no noroeste, em pleno arenito caiuá, onde choveu um pouco mais, enquanto que as de Atalaia, de melhor qualidade, apresentaram resultado inferior. Em Mandaguaçu, José Jair Barion colheu ao redor de 40 sacas por hectare e diz que se deu por satisfeito, diante da quebradeira que se viu por aí. São Jorge do Ivaí, com 26.500 hectares cultivados, é exemplo do que ocorreu em boa parte da área de ação da Cocamar. A média de produtividade geral foi de 110 sacas de soja por alqueire (um alqueire é igual a 2,42 hectares), mas houve variação de 50 a 150 sacas por alqueire, segundo observou o engenheiro agrônomo da unidade local da cooperativa, Gustavo Ferreira. (Flamma)

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