Ciagym suspende aulas de ginástica rítmica e deve desistir do futsal

GR
As aulas de ginástica rítmica ministradas por professoras do Ciagym, uma ONG de utilidade pública federal voltada ao esporte maringaense, foram suspensas nesta terça-feira. A foto tirada agora à tardezinha mostra equipamentos utilizados nas aulas e, no chão, deitadas, alunas que ficaram sem os treinos (que incluem ballet e nutrição). A falta de recursos, motivada pela desorganização na área de esportes da cidade, deve levar também ao fim do time no Campeonato Paranaense da Divisão Especial Série Ouro; a equipe deveria ter estreado no final de semana, mas em comum acordo com o adversário adiou a estreia, até que conseguisse recursos, o que parece não ocorreu. Na semana passada, o próprio prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) pediu à diretoria que o clube não disputasse a Liga Nacional este ano. A administração tem privilegiado o voleibol e o futebol, que tem vinculação político-eleitoral, com convites distribuídos por um pré-candidato a deputado federal. O Ciagym é a continuidade da Associação Maringaense de Ginástica Rítmica, “que a partir da preocupação de pais, professores, técnicos e atletas em viabilizar melhores condições e recursos para a disseminação de pólos esportivos em escolas municipais, estaduais, particulares centros esportivos e outras instituições fundaram a associação”, há dez anos. Um grupo de 30 crianças e jovens, entre 7 e 18 anos, participava quase todos os dias das aulas no Ginásio Valdir Pinheiro, em quatro categorias (pré-infantil, infantil, juvenil e adulto). A entidade tem cadastradas aproximadamente 550 crianças e adolescentes que são assistidas gratuitamente em pólos sócio-esportivos no contra-turno escolar. “Passamos a verdadeira imagem do esporte para os assistidos e para o público alvo em potencial, pois, além de contribuir para o desenvolvimento físico, o esporte ajuda a melhorar o relacionamento e a integração social das crianças, afastando-as das ruas, das drogas e da violência e abrindo novas possibilidades de convivência sadia, relacionada com o prazer, alegria, diversão, amizade e bem estar. E que para aqueles que se destacarem, pode significar uma oportunidade de integrar as equipes de competições”, informa o site. Oficialmente, a associação ainda não se manifestou.
Sem a lei de incentivo ao esporte, a ONG não tem recursos para sua manutenção. O mesmo acontece em outras associações esportivas, que dependem dos repasses para a continuidade de suas atividades. Trata-se de um atentado contra o esporte, contra a cidadania, uma vergonha para uma administração elitista que gastou R$ 30 mil com propaganda no ano passado.

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