Dicas para quem quer ser CC

Achei interessante as dicas que Paulo Vergueiro publicou em seu blog, sob o título “Instruções para quem quer entrar no serviço público, via convite” escreveu: “Junte ao seu novo currículo informações fundamentais caso sua área de trabalho venha a ser serviço público sem concurso. Inclua: sou amigo de fulano beltrano entre outros, cuide-se para que nas entrevistas você tenha capacidade de alternar os nomes conforme as circunstâcias. Para demonstrar comprometimento, assuma desde já, dar de maneira integral e irrestrito apoio a todo e qualquer ato que seu (s) chefes (s) fizerem, sem discutí-lo. Demonstre que para poder servi-los, você se dispõe a promover, churrasquinhos em finais de semana, café da tarde a qualquer dia com grupo de pessoas que possam votar no seu chefe, a carregar bandeiras em praças e sair no tapa com o idiota que discordar do seu chefe. Deixe claro que quem pensa diferente do seu chefe é otário, tem língua preta e é ignorante. Demonstre desesperadamente que você é capaz de fazer ou gerar votos. Há uma tabela que relaciona o emprego/função pretendido com o disponibilizado, que o qualifica como mais importante, menos importante, serve, descartável (mas arruma uma coisinha qualquer) ou simplesmente abominável. Abra mão de outros compromissos, como horários com a família, satisfação por seus atos e apenas sirva. Lembre-se ética e moral é coisa para fresco (a). Não dê a mínima importância a seus conhecimentos acadêmicos, experiências profissionais, projetos e outros meios com os quais você se sente culto e preparado para desafios no trabalho. Se por acaso você for dispensado, garanta na entrevista que você divulgará que é incompetente, sem a mínima qualificação para nada, que não tem visão política e na verdade está em busca de um tratamento porque a sensação de perfeito idiota o acompanha faz muito tempo. Agradeça por esta ser uma chance dada a você, pelo seu ex-futuro chefe, para poder continuar a ajuda-lo informalmente, afinal de contas ele abriu os seus olhos para uma realidade que você não queria ver. Eles, seu verdadeiro currículo, de nada valeram a não ser como referência circunstancial em momentos de crise, fora disso o que prevalece é a necessidade do interesse que cada momento indica.” (sic)
Meu comentário (Akino): Como nunca fui CC (nem pretendo ser), fica difícil comentar. Não estou querendo dizer que Vergueiro, que foi, tenha usado as dicas que agora apresenta. Muito pelo contrário, acho que tentou ser um CC diferente e não conseguiu, por isso pediu para sair. Diria que há exceções. Poucas mas há. No gabinete do Humberto Henrique, por exemplo, temos bons CCs, que não se encaixam no perfil acima.
Akino Maringá, colaborador

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