Golpe da desapropriação incluía ‘misterioso investidor de São Paulo’


A ação civil pública sobre o chuncho com a desapropriação de imóveis para a implantação do Parque Industrial Barros – aquela em que o Ministério Público diz que o ex-prefeito Silvio Barros II (PHS) e dois secretários agiram com desonestidade e deslealdade -, ao descrever como funcionava o golpe, conta num trecho que os atravessadores obtiveram as opções de compra “de forma ardilosa e fizeram com que os proprietários acreditassem que as propostas de aquisição estavam sendo feitas em nome de um suposto e misterioso investidor de São Paulo, quando é certo que por trás dessa mentira estavam os servidores públicos do município de Maringá, que a tudo acompanhavam. Quando algum dos proprietários tentava resistir à proposta de compra, os habilidosos e mal intencionados corretores/intermediários pressionavam e insistiam com os recalcitrantes, dizendo-lhes que se não vendesse pelos valores agora ofertados, em um eventual processo judicial de desapropriação receberiam valores muito menores do que esses e em data incerta. A ação desses intermediários foi respaldada pelos agentes públicos, que os nutriram com informações privilegiadas e, por inércia, asseguraram-lhes o sucesso do golpe”.

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