Sustentabilidade imbecil, a resposta

De Adriana Fernandes Orfrini Assi:
Copo descartável Hoje, um fato me entristeceu, um jornalista que acompanho há algum tempo, que eu cria ter ideias e pensamentos relevantes para o meu cotidiano, publicou em seu Twitter @ronaldonezo, sua visão sobre um projeto do qual faço parte. Sabemos que temos nossas opiniões e que nunca vamos agradar todos. Críticas sempre existiram e o papel delas é corrigir ou melhorar algo, mas, se faz preciso entender, que há uma tênue linha entre elas serem construtivas ou ofensivas. Nosso projeto já recebeu inúmeras críticas, isso já era esperado, afinal, mexer na zona de conforto das pessoas pode ser perigoso. Mas, para alcançarmos os objetivos na área da sustentabilidade é preciso antes de tudo, mudar conceitos, e isso só pode ser feito de dentro para fora, precisamos pensar no coletivo.
E como nós, seres insustentáveis, podemos conduzir ações sustentáveis? Com certeza não será com pensamentos como este, pois insustentável foi o adjetivo usado para definir nosso projeto, caro Ronaldo Nezo.
Aliás, quero citar palavras suas publicadas no seu blog: ronaldonezo.com. No dia 31/07/2013, você publicou na sua seção de Comportamento, Educação, Meio Ambiente e Política um artigo sobre um tema muito relevante na nossa sociedade atualmente, o LIXO. “Tem gente sem compromisso algum com a cidade, com o meio ambiente. Gente que acredita que sempre vai ter alguém pra ir lá e limpar a sujeira que produz. São pessoas arrogantes, sem sentimento coletivo, ignoram o que é responsabilidade social”.
Quando li suas palavras, na época me surpreendi, e pensei: são pessoas assim que precisamos para uma sociedade verdadeiramente integrada. Pois o conceito de sustentabilidade ultrapassa as questões ambientais, ele está totalmente ligado à nossa sobrevivência e existência. Mas hoje, consideraria melhor minha opinião.
O copo descartável de papel que você citou, faz parte do projeto de Gestão Ambiental da Câmara Municipal de Maringá, e ao contrário do que foi citado é um projeto idealizado por servidores de carreira da casa, uma equipe multidisciplinar, da qual com muito orgulho faço parte, pois sou Bióloga por formação e especialista em Educação Ambiental e não serve como marketing político. O projeto visa diminuir o impacto ambiental causado pelas atividades do legislativo e foi idealizado para obedecer às leis ambientais vigorantes em nossa nação.
Este copo se degrada em até 18 meses, ao contrário dos copos de plástico que levam de 200 a 450 anos. É uma tecnologia nova que decidimos testar, pois diminui o volume de lixo gerado, vem de um recurso totalmente renovável, ao contrário dos de plásticos que são derivados do petróleo e o valor é equiparável.
Como citei, já recebemos muitas críticas, mas nenhuma com um aspecto tão pejorativo como esta. O projeto está sendo implantado e nosso objetivo é melhorá-lo. A equipe já está pesquisando outras tecnologias, tão boa quanto esta, para o meio ambiente e que também agrade os cidadãos que comparecem nesta casa de leis.
Respeitamos opiniões de todos e estamos abertos para sugestões, estamos cumprindo com o compromisso que a Câmara Municipal de Maringá tem com a cidade, pois não devemos só legislar, mas também cumprir as leis em prol do coletivo e com responsabilidade socioambiental.
Atenciosamente,
Adriana Fernandes Orfrini Assi
Presidente da Comissão Câmara EcoEficiente

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