De Karlos Kohlbach:
O processo de cassação do mandato do deputado federal André Vargas (sem partido) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados já virou uma novela. O relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB) já não aguenta mais ver as medidas protelatórias de Vargas para tentar se manter no cargo. Amanhã está marcada mais uma reunião do Conselho de Ética, mas, novamente, as testemunhas não devem aparecer. Nenhuma das oito testemunhas arroladas pela defesa de André Vargas confirmou presença até agora. Entre estas testemunhas, está Enio Verri (foto) — deputado estadual e presidente do PT do Paraná – e o doleiro Alberto Youssef, além de prefeitos ligados a Vargas e uma de suas funcionárias. Vargas é acusado de ter facilitado a realização de um contrato do Ministério da Saúde com o Labogen – laboratório controlado por Youssef. Além disso, Vargas foi flagrado trocando mensagens por celular com o doleiro. Numa delas, descobriu-se que Youssef emprestou um jatinho para que Vargas passasse férias com a família no Nordeste.