Memória curta

Carlos MoreiraApesar da pouca idade, a candidata a deputada estadual Maria Victória Borghetti Barros (PP) carrega os velhos vícios do que há de mais atrasado e condenável na política, fruto do coronelismo eleitoral representado pela família. Na sexta-feira ela chegou à reunião da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense) no carro oficial do vice-prefeito Claudio Ferdinandi (PMDB), prefeito em exercício – o titular Carlos Roberto Pupin (PP) está de férias até o final do mês. Um candidato chegar num carro oficial sem ter relação com a administração e para uma reunião de entidade de prefeitos em si já provocariam questões morais e eleitorais, não estivéssemos em Maringá. A candidata que vota em Curitiba e oferece semanalmente feijoada para eleitores repetiu em Sarandi, onde ocorreu a reunião, a rotina do político neófito: saiu pedindo voto para quem via pela frente, como costuma fazer em outros eventos, públicos ou não. Maria Victoria desta vez não trombou com o Topeira, digo, Coceira, mas protagonizou mais uma cena hilária, digna de noviça atabalhoada: ao descer do carro, se apresentou, cumprimentou e pediu o voto ao servidor público municipal Carlos Moreira (foto), ex-candidato a vereador e ex-presidente do PRP, integrante do condomínio partidário da família. O entusiasmo do cumprimento passaria batido não fosse o servidor, conhecido com0 “irmão Carlos Moreira”, o motorista do mesmo automóvel em que ela chegou acompanhando Ferdinandi. Pano rápido.

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