PPP do lixo custa até 102% mais caro e não tem reciclagem

pppxsociedade

Análise preliminar, realizada pelo vereador Humberto Henrique (PT), constatou que o comparativo feito pela Prefeitura de Maringá entre a proposta de parceria público-privada (PPP) e o projeto apresentado pela sociedade é uma tentativa de “enganar a população” e continuar sem resolver o problema. Segundo Humberto, pelos cálculos do município, a PPP é até 102% mais cara do que o modelo proposto pelas entidades. 

A proposta de PPP previa custo total de R$ 1.170.380.067,068, no entanto, não trata a reciclagem e, assim, não atende a legislação federal que disciplina a política de resíduos sólidos. Já a proposta da sociedade, que prevê a reciclagem, quando comparada sem a reciclagem, pelos cálculos da Prefeitura, custaria R$ 578.789.842,36. Ou seja, a prefeitura comprovou que a privatização custa mais que o dobro, 102% mais cara, e não soluciona a questão do lixo como exige a legislação.

“A prefeitura errou mais uma vez. Em vez de buscar o diálogo, preferiu atacar a proposta da sociedade e tentar confundir a população. Precisamos parar com isso, porque a população de Maringá já está cansada dessa história,” comentou Humberto.

Segundo o vereador, para tentar desqualificar a proposta da sociedade, a prefeitura além de superestimar valores, comparou as propostas de forma desigual. Humberto explica que o município considerou no projeto da sociedade, por exemplo, a contratação de 1200 recicladores, três vezes mais do que o necessário. Em outro ponto ele observou duplo pagamento para a realização da coleta.

Tendo como base os custos superestimados apresentados pela prefeitura para o projeto da sociedade, que já prevê a reciclagem, Humberto comparou com a PPP incluindo, neste caso, os valores atribuídos pelo município como sendo referentes a reciclagem. Enquanto o primeiro ficou em R$ 1.838.896.832,54, o segundo chegou a R$ 2.430.487.057,86. Novamente, a proposta da Prefeitura de Maringá fica mais cara.

Os dados foram apresentados em reunião na manhã de hoje. A prefeitura demorou mais 75 dias só para analisar o projeto que deu apenas 30 dias para ser elaborado e apresentado pela sociedade.

O vereador Humberto Henrique questionou a Prefeitura para informar qual o encaminhamento seria dado, sugerindo que o município tivesse a iniciativa de chamar as entidades que elaboraram o projeto para construir uma proposta que resolva o problema. O secretário municipal que coordenava o evento preferiu o silêncio e encerrou imediatamente a reunião. (Gelinton Batista/Assessoria de Imprensa)

Advertisement
Advertisement