Um coronel na Amunpar

O blog Taturana resumiu bem a forma como, no final de semana, o maringaense Ricardo Barros (PP) apresentou-se numa reuniãoem Paranavaí: “Prefeitos e lideranças da região foram surpreendidos hoje pela postura do deputado federal Ricardo Barros (PP), que (ao que se sabe, sem ser convidado) esteve na reunião da Amunpar. “Nem o pior coronel do nordeste, com dois 38 na cinta faria o que o deputado fez”, comentou um prefeito.
Ricardo chegou à reunião acompanhado do ex-prefeito Maurício Yamakawa (PP) e do vereador Roberto Picorelli (PSL), o Pó Royal, assumiu o comando do encontro e passou a fazer “chantagem, coação e ameaças”, segundo um dos presentes.

Mostrou os recursos que estariam destinados à região, mas quis saber qual seria a contrapartida. Neste ponto jogou a Aciap no imbróglio, cobrando da entidade a razão pela qual nas eleições para deputado ela defende o voto em candidatos locais. A associação também foi questionada por ter liderado uma caravana à Curitiba na quarta-feira, quando o governador Beto Richa (PSDB) anunciou a duplicação da BR-376, entre Nova Esperança e Paranavaí e procurou desqualificar o trabalho do deputado Tião Medeiros (PTB), adversário político de Pó Royal, já que ano passado ambos disputaram uma cadeira na Assembléia Legislativa.
Barros disse que ainda não tem nada certo em relação a duplicação e que o assunto pode morrer, deixando a entender que só ele pode garantir a obra. Disse que se não houver apoio a sua candidatura, é melhor os prefeitos, quando tiverem suas reivindicações, encaminhá-las à Aciap, em tom irônico. E por fim, quebrando o protocolo e as boas maneiras de educação praticamente obrigou o presidente da Aciap, Márcio Catiste a usar da palavra.
No seu rosário de ameaças, Ricardo Barros, conhecido como Leitão Vesgo (por mamar numa teta e já estar de olho em outra), lembrou que sua esposa, Cida Borghetti (Pros) vai assumir o governo na ausência de Beto e deve ficar quase um ano como titular do Palácio Iguaçu na desincompatibilização do governador tucano.
Se a intenção de Barros foi garantir uma votação melhor nas próximas eleições, o tiro saiu pela culatra. Assim que deixou o ambiente, sua postura foi duramente criticada nas rodas que se formaram.”

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