Maringá deve adotar ‘castramóvel’

Audiência

O diretor do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal, da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, veterinário Paulo Anselmo Nunes Felippe, participou ontem à noite de audiência pública organizada pelo Grupo de Trabalho de Defesa dos Animais de Maringá. Ele falou sobre o “castramóvel”, apelido do ônibus medicamente adaptado, que já esterelizou gratuitamente para a população campineira cerca de 2 mil cães e gatos desde que o serviço foi ativado, em março passado.
A mesma quantidade é a meta dos defensores dos animais de Maringá, que está sensibilizando o poder público local a investir recursos na política de esterilização animal.

O “castramóvel” é inédito no país, em se tratando da metodologia de itinerar bairro a bairro. É totalmente gratuito, incluindo o fornecimento de fármacos, e cercado por elevados padrões de segurança e higiene; tem ainda a vantagem de oferecer um restabelecimento pós-cirúrgico rápido e descomplicado, uma vez que as incisões feitas são mínimas. Atuam seis veterinários, explica release da Prefeitura de Campinas.
“Nossa equipe bate de porta em porta, verificando a existência de animais não castrados e convencendo os tutores sobre as vantagens do procedimento; os pets são operados somente mediante concordância dos donos”, explica o diretor. Os tutores que aderem ao programa recebem um guia de cuidados e formas de contato posterior com o Departamento de Bem-Estar Animal, para o caso de eventuais complicações, o que é raríssimo acontecer.
Segundo ele, os principais ganhos são para a saúde dos animais propriamente, pois a castração previne, principalmente nas fêmeas, tumores de mama e acúmulo de pus no útero. Mas há vantagens adicionais, como conter a proliferação descontrolada de bichos que acaba por estimular práticas desaconselháveis, como abandono e colecionismo irresponsável.
Além disso, “promovemos a microchipagem dos animais castrados, o que nos permite monitorar cada um, tanto em termos de acompanhamento vacinal quanto nos casos de abandono; também colhemos material biológico para a necessidade de combater doenças diversas”, acrescenta o diretor.De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde, traçados para o estabelecimento de políticas sanitárias, Campinas, pelo seu porte populacional humano, deve possuir ao menos 150 mil cães e gatos, ou seja, um para cada 15 habitantes. Desse total, cerca de 20 mil são animais errantes.

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