Vereadores de Maringá passam por cima da legislação

Zona 7

Um erro consentido coletivamente levou a Câmara de Maringá a aprovar esta semana um projeto que contraria frontalmente a legislação municipal.
O projeto denomina a unidade básica de saúde da Zona 7, em construção na rua Bernardino de Campos, quadra do Colégio Vital Brasil, Zona 7, de Monsenhor Bernardo Cnudde, o padre, digamos assim, mais liberal que Maringá já teve. Acontece que já existe uma praça com seu nome, ali mesmo na Zona 7, e a lei não permite a duplicidade. 
O projeto foi apresentado em regime de urgência (o que estaria por trás?), mas chegou a passar pela Diretoria Legislativa. Para quê, então, o Legislativo manter uma cara estrutura com Procuradoria Jurídica e comissões permanentes?
O monsenhor Bernardo já tem seu nome na antiga praça Divino Espírito Santo, onde fica a igreja do mesmo nome, cuja mudança foi é resultado de projeto do ex-vereador Valter Viana (PHS), então muito ligado à Igreja Católica e à esquerda.
A proposta à época também foi criticada, pois o nome da praça era antigo, da época da fundação da cidade, e neste caso a lei também tem suas restrições.
Várias leis, a mais recente delas a 3.434, de 1993, proibem a duplicidade nas nominações de próprios públicos em Maringá. A se manter a duplicidade, o monsenhor Bernardo – que consta que, além de gente boa, era maçom, fumante, bebia, era grande pescador e pegador – terá seu nome em dois prédios públicos, a uma distância de duas quadras um do outro, como mostra o mapa acima.

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