Sem salários, funcionários da Codapar entram em greve

Com os salários de dezembro atrasado e sem previsão de recebimento da segunda parcela do 13º, os funcionários da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná entrarão em greve a partir de amanhã, por tempo indeterminado.
A Codapar é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e emprega mais de 350 funcionários.

A decisão da greve foi tomada em assembleia da categoria, promovida pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) e Sindaspp hoje, em Curitiba e em Paranaguá.
A greve, segundo o presidente do Senge-PR, Carlos Roberto Bittencourt, foi tomada em última instância, após várias tentativas de negociação por parte dos sindicatos. “O governo não abriu espaço para negociações. Os funcionários estão há sete dias sem receber os salários de novembro, que deveriam ter sido pagos no início deste mês. Além disso, também não há previsão de receberem a segunda parcela do 13.º salário. Buscamos com a greve pressionar para que o governo e a Codapar façam os pagamentos imediatos dos salários e benefícios, além dos depósitos de mais de 10 meses de FGTS não recolhidos pela empresa”.
“A empresa tem recursos a receber por serviços prestados ao governo. E essa verba é suficiente para os pagamentos aos funcionários. O que queremos é que o governo faça esses repasses o mais rápido possível”, defende o coordenador geral do Sindaspp, Ivo Petry.
Com a greve serão interrompidos todos recebimentos e expedições das unidades armazenadoras da empresa, que é responsável pelo recebimento, classificação, fiscalização e escoamento de safras de grãos para o mercado.
A greve também pode afetar o fornecimento da merenda escolar no início de 2016. O último lote da merenda da rede estadual de ensino deveria ser recebida ainda nesta semana. Sem ela, as escolas podem ficar sem alimentos para o início das aulas.
Afora os serviços de armazenamento, os funcionários também realizarão “operação padrão” no controle e fiscalização dos grãos e derivados (soja, milho e farelo de soja) destinados à exportação no Porto de Paranaguá. Com isso, o tempo de fiscalização e liberação de caminhões aumenta, o que pode afetar o escoamento de grãos no Porto e o tráfego na BR 277. (Divulgação)

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