Cidade ou reunião de camelos?

Camelo

Deitados em berço esplêndido, mas tão esplêndido que geograficamente nos localizamos por riba do maior reservatório de água potável do planeta, o aquífero Guarani, e, dentre os 27 aquíferos em território brasileiro é o de melhor capacidade de exploração e renovação e é, em verdade, um manancial de água doce subterrânea que pode sustentar a Terra por um século.
Nós não sabemos lidar com nossos governantes.
Se eles, eleitos, não desejam outra coisa que não seja o aplauso dos pelegos, diante de baixelas repletas de gordurames servidos com nosso imposto e para deboche da nossa gente, acham as senhoras e senhores leitores, que aos mal intencionados servem outra coisa que não seja a praticidade da Teoria do Caos?
Só à gente de nós, interessa a boa relação da prestação de serviços públicos essenciais, as taxas essenciais, se não pagas, nos tiram a cidadania. Prova maior do desinteresse político por soluções não pode ser vista apenas por transformarem a Sanepar num Itamaraty estadual, numa Academia Rio Branco das Araucárias, desviando foco e função, mas ao triste fim que em breve assistiremos do monstruoso sucatão em que lutam para transformar a nossa Copel.
No noroeste do Paraná, a Sanepar tem a mesma relação com o governo estadual, que a Guarda Suíça tem com o Vaticano. Se pintarem um portão de colégio do estado, comparecem ao dinástico evento, toda a “já numerosa diretoria das Eternas Ondas”, todos faceiros em suas vestes de grife elevada e suas mãos, ávidas para aplaudirem a maionese, a bradarem salvas ao que diria Mário de Andrade, em poema lido na Semana da Arte Moderna de 1922, “Óde ao burguês”, em que ele gargalha em letras que desenham o, purê, o Imortal purê de batatas imortais”
Propaganda de obra pública é como crediário, é necessária a pesquisa de relação sincera entre o que quer comprar e o vendedor, e em nosso caso, em que, temos que fazer novenas para chover e mais ladainhas para parar a chuva, ou “somos”, ou eles, governantes acreditam que “somos” mesmo!!
Muitos desses políticos de más intenções, precisam de regularidades nas catástrofes para vestirem seus coletes de salvadores de casa nossa, para tentarem salvar aquilo que se fosse levado a sério, não precisaria de salvação, mas de conservação,pesquisa e crescimento alicerçado em tecnologia e seriedade para se lidar com o maior dos bens públicos, a população!

Gabriel Esperidião Neto, Velho Gagá

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