Janot analisa se pede ou não a investigação de Beto Richa após novo esquema de corrupção

Thiago de Araújo, no HuffPost Brasil, informa que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analisa se pede ou não a abertura de investigação contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), por conta das mais recentes descobertas da Operação Quadro Negro, capitaneada pelo Ministério Público do Estado.
Um depoimento aponta que quase R$ 20 milhões foram desviados para a campanha do tucano em 2014, o que ele nega.
O nome de Richa foi mencionada por três pessoas investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com uma delas, a assessora jurídica da construtora Valor, Úrsulla Andrea Ramos, a campanha de reeleição do governador e a de outros três candidatos a deputado estadual receberam recursos de dinheiro público, que deveria ter sido gasto em obras em escolas estaduais.
“Esse dinheiro não ficou comigo, esse dinheiro foi feito repasse pra campanha do governador Beto Richa e pra essas três campanhas. Foi o que ele (Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor) me disse”, afirmou Úrsulla, em delação premiada firmada com o MP-PR, segundo informações do jornal Gazeta do Povo.
As campanhas mencionadas seriam a do filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Durval Amaral, o deputado estadual Tiago Amaral (PSB); de Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa (Alep); e de Plauto Miró (DEM).

Ricardo Barros e Beto Richa

Outro nome mencionado nos depoimentos prestado aos investigadores é o do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, irmão do governador. Já o irmão da vice-governadora Cida Borghetti, Juliano Borghetti – cunhado do deputado federal Ricardo Barros (foto/PP-PR) –, é um dos 15 denunciados por envolvimento no esquema de fraudes.
Conforme mostra a investigação, a Valor Construtora recebeu R$ 20 milhões do governo do Paraná para construir e reformar 10 escolas. Entretanto, várias obras ficaram pela metade ou nem foram iniciadas. Funcionários da Secretaria Estadual de Educação fraudavam laudos.tucano.

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