Ex-CC diz que saiu porque não tinha ‘ocupação definida’

Numa discussão no Facebook, ontem, o professor Paulo Fernando Correa do Valle Vergueiro admitiu que deixou o cargo de assessor III do Gabinete do Prefeito porque “não tinha ocupação definida que justificasse qualquer remuneração”.
Paulo Vergueiro foi nomeado assessor do Gapre, mas dando expediente no gabinete do vice-prefeito Claudio Ferdinandi (PMDB), em 8 de janeiro de 2013; em 14 de maio daquele ano ele foi exonerado.
De acordo com comunicado à época, ele pediu para sair “em caráter irrevogável” e que isso “em nada altera o carinho, a admiração e o respeito” por Ferdinandi, agradecendo a Pupin por “tão importante e relevante experiência”.
vergueiro

Ao admitir que não tinha ocupação definida como assessor, ele deu razão aos que criticam o grande número de cargos comissionados na administração municipal. Os 515 CCs foram criados logo após o resultado da eleição municipal de 2012, embora a legislação federal não permita a criação de cargos em períodos próximos ao do pleito eleitoral.
O número de CCs aumentou para poder abrigar militantes dos partidos que apoiaram a candidatura de Pupin no segundo turno. Alguns dos acordos – como o feito com o PSB – previam nomeações de CCs por dois anos, metade do mandato. Ou seja, o dinheiro público é despudoradamente utilizado para a manutenção no poder do grupo político.

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