Dengue: meu depoimento

dengueMoro na rua Domingos de Moraes n° 335 – fundos, no centro de Marialva, fundos. Moro em bela casa de madeira e com um bom quintal, a maior parte com área cimentada, mas tenho alguns bons metros de terra fértil onde plantei um pequeno pomar de mamões, bananas, amoras,morangos e um produtivo pé de limão rosa. Em boa área, resolvi fazer um “viveiro de periquitos australianos” – que alegraram meus dias com suas belas plumagens e belas algazarras em suas vozes canoras. Mas certo dia no ano passado, o belo pessoal que faz a prevenção dos focos da dengue descobriu um “foco do mosquito” dentro do meu viveiro, justamente na vasilha de água dos periquitos. Eu que cuido tão bem do meu quintal, fiquei pasmo e envergonhado e aí acabei com os periquitos, doei-os e, aproveitando a estrutura telada, passei a plantar verduras e legumes. Essa desgraça de mosquito, que torna-se uma praga mundial, há cerca de 30 anos, foi preconizada pelo paranaense e ministro da Saúde Alceni Guerra (de Pato Branco). Poucos acreditaram aos alertas do ex-ministro e os resultados desastrosos aí estão.
Com essa praga não se brinca, todos temos que fazer a nossa parte, da mesma maneira que fiz a minha. Fui radical ao descobrir o foco do Aedes. Ontem,  setores diversos da sociedade de Marialva reuniram-se no Legislativo municipal, para ouvir explanações sobre o mosquito, a zika e a chikungunya. Com certeza, todo entenderam que a luta contra essas pragas é de todos e o mosquito é um só. Espero que o meu depoimento possa fazer outros a terem atitudes radicais. Nossa saúde é um legado que Deus Nos Deu, mas devemos fazer a nossa parte.
Cézar Lima

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