Prédio foi projeto de Luty

IML

Ontem, ao falar da demolição do prédio do antigo IML, um apresentador de televisão disse que era bom “que isso venha ao chão, porque há um pessoal meio doido da cabeça em Maringá que pode querer tombar”.
Não disse os nomes, mas deveria estar se referindo ao prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) e à primeira-dama Luíza, que tombaram o Clube Hípico de Maringá, apesar de o local não ter valor artístico, arquitetônico, cultural ou histórico algum.

A respeito do prédio do IML, que tinha mais de 40 anos, era uma referência da moderna arquitetura que dominou Maringá nos anos 70. Foi inovador para a época, substituindo a pequena sala do chamado necrotério que existia até então.
Seu autor foi o engenheiro e arquiteto Luty Vicente Kasprowicz, servidor público municipal e primeiro sogro do ex-prefeito Ricardo Barros, que, falando ao jornalista Luiz de Carvalho lamentou: “Maringá não tem a cultura da preservação”. Visionário, já referia-se a algum futuro apresentador de televisão que acharia que memória não deve ser preservada.
Aliás, foi Luty quem supervisionou a construção da Estação Rodoviária Municipal, colocada abaixo pelo irmão mais velho de seu ex-genro; ele era contra a construção de torres comerciais no local, como foi anunciado à época, versão que até a justiça maringaense acreditou, liberando o chamado interesse público para a demolição do prédio, seguida de licitação.
Hoje, o local é um estacionamento de veículos irregular, já que a legislação estabelece que estacionamento deve ter um percentual de área permeável, o que por lá não existe.

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