Por livre e espontânea coação

rose da coleta

A servidora pública municipal Rose da Coleta foi coagida a se filiar ao PHS, que integra o condomínio partidário dos Barros.
Ela comentou com pessoas próximas que veio do escritório do deputado federal Ricardo Barros, tesoureiro-geral do PP e vice-líder da presidente Dilma, a ameaça: ou ela se filiava ao PHS para apoiar o ex-prefeito e ímprobo Silvio Barros II ou deixaria de fazer coleta – onde ganhou visibilidade e popularidade.
Consta que Rose realmente passou alguns dias trabalhando internamente na Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Foi ela concordar em se filiar ao PHS que pôde então voltar ao serviço externo.
Rose chegou a participar de um encontro do PSD, e comprometeu-se a filiar naquela sigla. Há quem a chame agora de Luizinha Gari, pois repete os mesmos erros do primeiro coletor a ser eleito vereador em Maringá – e, como tudo indica, o único.
Quem conhece os métodos da turma da avenida Prudente de Morais nada que a história envolvendo a coletora não é surpreendente. O que surpreende mesmo é a passividade da pré-candidata a vereadora, que até então se apresentava como tendo iniciativa, moto próprio, personalidade.
Deve ser a tal Síndrome de Estocolmo, aquele estado psicológico em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

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