Lava Jato: Ricardo Barros aparece na lista da Odebrecht

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O deputado federal Ricardo Barros, tesoureiro-geral do PP, vice-líder da presidente Dilma Rousseff e marido da vice-governadora de Beto Richa (PSDB), Cida Borghetti (PP), aparece na relação de cerca de 200 nomes de políticos brasileiros que receberam repasses da Odebrecht.
Seu nome aparece no item 70 dos documentos apreendidos na casa de Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, conhecido como BJ, na fase Acarajé da Operação Lava Jato.
Na planilha, Ricardo Barros aparece ao lado de outros três políticos do PP que teriam recebido R$ 850 mil. O documento tem data de 6 de setembro de 2012.
Os documentos apreendidos pela Polícia Federal é, segundo Fernando Rodrigues, resultado da apuração dos repórteres André Shalders e Mateus Netzel, o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22.mar.2016) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
“As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros”.
Há pouco, o juiz Sergio Moro restabeleceu o sigilo nos documentos, que haviam sido disponibilizados ontem.
Ricardo Barros, cujo nome também apareceu na famosa Lista de Furnas, ainda não divulgou nota a respeito do fato divulgado hoje à tarde e que está provocando um verdadeiro terremoto político em Brasília.

Em 2012, ano de eleições municipais, Ricardo Barros era vice-presidente nacional do PP. Somente em abril de 2013 ele assumiu como tesoureiro-geral do partido.

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