Sismmar diz que busca proposta melhor antes da assembleia

Sismmar

A diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá informou que busca nesta ainda hoje – antes da assembleia geral das 18h30, na Câmara Municipal – mais uma rodada de negociação com o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP).
O objetivo é buscar uma melhoria da proposta para um índice considerado justo, o que poderia evitar a greve marcada para iniciar amanhã.

A categoria pede ao menos a reposição da inflação de 11,08%, o que já tem ocorrido em várias outras cidades (veja no infográfico em anexo). “Estamos fazendo todos os esforços para garantir um reajuste digno por parte da Prefeitura e, com isso, evitar a paralisação dos serviços públicos”, comenta Iraídes Baptistoni, presidente do Sismmar.
No início da manhã, integrantes da diretoria do sindicato estiveram na Semusp orientando os trabalhadores sobre o direito à greve e a perda salarial que a proposta de 5,54% de Pupin causaria à categoria. A direção também tem dado esclarecimentos jurídicos sobre a greve, rebatendo boatos que, segundo Iraídes, têm sido espalhados por chefias nos locais de trabalho.
Segundo o jurídico do Sismmar, a lei municipal 239/98 obriga o prefeito a conceder, em março, a reposição da inflação dos últimos 12 meses. Outro esclarecimento é sobre a legislação eleitoral, que veta ganhos reais a partir do início de janeiro, porém, não proíbe que se conceda até o limite da inflação e também não proíbe a realização de greve.
Depois das orientações aos funcionários da Semusp, a diretoria do Sismmar esteve no Paço para uma reunião com o chefe de Gabinete e com secretários das áreas que concentram os serviços essenciais, como a saúde e a coleta de lixo. Nessas áreas, serão mantidos pelo menos 30% dos trabalhadores na ativa.
Iraídes esclarece que a opção pela paralisação é a última alternativa frente à postura da administração, que insiste no índice de 5,54% após ter anunciado superávit de R$ 128 milhões em 2015. Cianorte, por exemplo, concedeu a inflação aos servidores após um superávit de modestos R$ 4 milhões.
A assembleia de logo mais vai deliberar sobre os 5,54% oferecidos por Pupin. Segundo Iraídes, é bem pouco provável que a categoria aceite esse índice porque, em documento entregue ao sindicato, o prefeito considera dar o restante da inflação (se a arrecadação permitir) só em janeiro – o que não é sequer coerente, porque Pupin nem será mais o prefeito em janeiro.

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