Amor de mãe

Texto: José Luiz Boromelo
Locução: Everton Alves

Mãe, palavra sagrada, presente maior da vida que Deus concedeu às mulheres privilegiadas por gerar uma nova vida, renovando sempre as esperanças no sorriso inocente de uma criança.

Mãe, que me emprestou suas palavras, quando as minhas ainda não eram possíveis; que me consolou com seu sorriso, quando o meu estava sufocado em lágrimas; que sempre me acalentou e me protegeu, quando o medo teimou em me vencer; que me alimentou o espírito com suas lições e ensinamentos; que abriu mão de seu sono para que eu pudesse dormir tranqüilo; que me escondeu suas angústias para que minha felicidade fosse plena; que trocou sua juventude e os seus sonhos pelo prazer de me fazer feliz; e mesmo nos momentos mais difíceis, jamais se arrependeu ou desanimou; que me amou antes de me conhecer, e estendeu-se no meu caminho para que eu pudesse caminhar seguro e confiante. Que se debruçou sobre mim, transformando-se em meu escudo, nas infinitas vezes em que estive em perigo.
Por mais que eu tente mostrar minha gratidão, as palavras não são suficientes; você dedicou-me a sua vida, e em troca pediu-me apenas: “filho, seja bom, seja feliz e faça também os outros felizes, em todos os momentos de sua vida!”; ensinou-me a lutar por meus objetivos de forma justa e honesta, sem nunca fraquejar; mãe, perdoa-me pelas vezes em que te fiz chorar, causando-lhe alguma tristeza, e obrigado por me corrigir com firmeza nos momentos em que foram necessários. Mãe, palavra que rima com ternura, que brota do fundo do coração; que com sua voz tão doce, tão pura, diante das dificuldades, acalma nossas aflições; palavra que representa a expressão da vida, da sensibilidade. Todos os sentimentos resumem-se em teu nome e em teu colo encontramos carinho, afago e conforto. Os teus gestos de compreensão se refletem no meu dia-a-dia, trazendo para a minha vida os teus exemplos de amor puro.
Incansáveis anjos de luz que educam, orientam e deixam nossos corações em paz, as mães são gotas divinas de esperança no interior de nossas almas.
São únicas em sua imensa beleza, que perfumam o nosso caminho com o doce aroma das flores. Mãe é presença de Deus em nossas vidas, é mulher cativante, é uma pedra preciosa guardada a sete chaves dentro do peito.
O Dia das Mães deveria ser todo dia, pois mãe não esquece jamais do seu filho, mesmo que distante, mesmo que indiferente, mesmo que às vezes inconseqüente. Por isso, nesse dia dedicado às Mães, que Deus ilumine e estenda sua gloriosa mão sobre todas elas, trazendo proteção às que ainda convivem com seus filhos, e a graça eterna, àquelas que já se encontram na plenitude divina.

Maio/2016

José Luiz Boromelo, escritor e cronista.

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