Prefeitura de Maringá quer privatizar 100% da coleta de lixo

Transresíduos

A administração Pupin/Barros, a cinco meses da eleição municipal, pretende privatizar toda a coleta de lixo em Maringá, um negócio milionário, que pode superar os R$ 30 milhões por ano.
Hoje, a Transresíduos é responsável por 50% da coleta, através de licitação realizada no ano passado, apesar de a empresa não possuir alvará. A Transresíduos ganhou US$ 1 milhão do então prefeito Silvio Barros II (PP) logo que assumiu a prefeitura, em 2005, e teria ligações com o sócio do então vice-prefeito, Carlos Roberto Pupin.
De acordo com reportagem de Murilo Gatti em O Diário de hoje, a prefeitura pretende pagar até R$ 154,16 por tonelada de lixo coletada e mais R$ 98 por tonelada aterrada. No ano passado a administração tentou uma parceria público-privada, que foi rejeitada pela comunidade. Não houve discussão com a sociedade sobre a privatização do serviço, o que em fim de mandato é muito estranho.
Quem coordena todo o processo (a licitação está marcada para 29 de junho) é novamente Leopoldo Fiewski, que é coordenador do Programa Pró-cidades do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com status de secretário. Leopoldo foi flagrado há alguns anos em conversas telefônicas recebendo ordens do então secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ricardo Barros (PP), para atuar na desapropriação de terrenos do Parque Industrial Cidade de Maringá (prometido para 2012 mas até hoje não entregue) e para tomar uma decisão salomônica em outra milionária licitação de publicidade da prefeitura.

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