Por José Luiz Boromelo:

A seleção brasileira de futebol foi eliminada da Copa América pela equipe do Peru, com um gol irregular. Isso quem assistiu à peleja pôde constatar isso nas reprises da jogada. Só quem não viu a mão na bola (ou o braço) foi o titubeante árbitro, nem seus prestimosos auxiliares.
Mas isso não é desculpa (mais uma vez!) para o vexame canarinho.

Já dizia em jogo anterior o tonitruante Galvão Bueno que os jogadores brasileiros faziam parte de uma geração de “mimados” (são chegados numa “selfie”), o que não deixa de ser apenas mais um ingrediente da vergonha verde-amarela. Além de mimados, são verdadeiros pernas-de-pau, uma vez que não conseguiram marcar sequer um golzinho merreca no Peru, ainda no primeiro tempo para liquidar a fatura, uma vez que tinham a vantagem do empate. Contra o Haiti deitaram e rolaram porque, sem faltar com o respeito e em consideração àqueles esforçados atletas, não se pode considerar como adversário à altura de nosso selecionado.
Merece um apêndice à parte nosso asinino e sisudo treinador Dunga (responsável maior pelo vexame atual), medíocre como sempre e cada vez mais tomado pela introspecção, parecendo carregar consigo o maior dos pecados da humanidade. Incompetente como sempre foi, viu o tempo se esvair sem tomar atitude condizente com sua posição de comando, deixando seus pupilos naquela infrutífera, desnecessária e infindável troca de passes. Só mesmo em sua cabeça de vento poderia pensar em colocar o mastodonte Hulk para jogar naquele momento crucial, mas foi o que fez, e deu no que deu.
A seleção brasileira está sem comando e sem rumo definido, apesar de se sobressaírem alguns valores individuais. Para a Copa do Mundo de 2018 a coisa está cada vez mais feia, se porventura chegarmos lá, pois o caminho será deveras pedregoso. É duro para o torcedor brasileiro leigo, como eu, ver nossa seleção nas mãos de incompetentes. Não podemos viver de desculpas (o pênalti não marcado, se o gol foi de mão, de braço, de costas, de língua ou de bunda), para quem já foi campeão mundial por cinco vezes, isso é humilhação sem tamanho! E como desabafo de torcedor, penso que essa seleção não passa de um bando de pernas-de-pau.
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(*) José Luiz Boromelo, escritor e cronista