Anulada dotação para o Contorno Sul Metropolitano de Maringá

Audiência Contorno Sul Metropolitano

A notícia não é boa para um grupo de empresários maringaenses e para o ministro da Saúde Ricardo Barros (na foto, durante uma audiência pública realizada em fevereiro de 2014 na câmara municipal): o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, interino, Dyogo Henrique de Oliveira, cancelou R$ 394.393.959,00 em projetos na área do Ministério dos Transportes.
Entre eles, o que prevê a construção do Contorno Rodoviário em Maringá, Paiçandu, Sarandi e Marialva, na BR-376, o tal Contorno Sul Metropolitano, que só de projetos pagos pela prefeitura de Maringá teria consumido nos últimos anos mais de R$ 1 milhão de reais.

Outras dotações orçamentárias foram canceladas, para garantir atividades e projetos em várias regiões do país, como a construção do trecho rodoviário Porto Camargo-Campo Mourão, na BR-487, e a adequação do acesso rodoviário ao porto de Paranaguá, pela avenida Ayrton Senna, na BR-277.
Em abril passado, o Dnit cancelou de última hora o edital para a construção da obra. Dilma ainda estava no poder e Ricardo era o vice-líder que se dizia contra o impeachment da presidente. Oficialmente, foi adiada por conta de uma solicitação de revisão orçamentária da planilha de preços por parte das empresas que manifestaram interesse na obra.
Como o Contorno Norte havia sido orçado em R$ 143 milhões e acabou custando quase R$ 500 milhões, dá para imaginar quanto custaria o CSM – no mínimo, perto de R$ 1 bilhão, já que o edital previa R$ 354 milhões de custo inicial.
Com a decisão do governo Michel Temer, fica adiado também o sonho de ótimo lucro de um grupo de grandes empresários maringaenses que teriam comprado milhões em terrenos no entorno do traçado do Contorno Sul Metropolitano, conta-se, em parceria com políticos locais.

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