A anunciada vitória de Silvio Barros II no Tribunal de Justiça (ainda) não aconteceu

tjpr

A família Barros é meio vidente quando se fala de justiça. Sabem tudo antes. Foi assim, por exemplo, com o caso de Pupin no TSE, quando o despacho do ministro Marco Aurélio Mello liberando a candidatura, contra a decisão do TRE, foi comemorada com carreata pelas ruas da cidade 24 antes dele assinar o documento e disponibilizá-lo no site do TSE.
Pois agora a história se repete com o irmão mais velho, Silvio Barros II (PP), até recentemente secretário do governo Beto Richa (PSDB).

Ele, que tem condenações por improbidade administrativa, enfrenta várias ações, sendo as de segunda instância as que mais preocupam o clã. A vice-governadora Cida Borghetti e a deputada estadual e pré-candidata a prefeita de Curitiba Maria Victória estariam empenhadas em salvar o cunhado e tio, respectivamente, além, claro, do mano mais novo, que agora é ministro interino de Michel Temer.
Na semana passada, segundo o blog soube, quando o ministro Ricardo Barros (PP) passou pela Acim informou-se que a situação do irmão mais velho estava tranquila e os problemas estavam contornados no Tribunal de Justiça do Paraná. Há um mês conseguiram suspender, por liminar, uma multa de mais de R$ 1 milhão aplicada um ano atrás por causa de uma nomeação de apaniguado que deu problema. Não reverteram, mas a suspensão já ajuda.
A maior preocupação dos últimos dias, como o blog registrou nesta manhã, é com a condenação por causa da lei julgada inconstitucional pelo TJPR, que beneficiou o filho de um promotor na área central de Maringá. Resta dar a pena a Silvio Barros II, autor da lei construída de forma ímproba. O processo, que andava meio parado, começou a andar e ontem foi para julgamento.
Os cargos comissionados da administração Pupin/Barros e aliados políticos do grupo foram informados antes que Silvio Barros II seria “liberado” de seus problemas judiciais ontem, terça-feira, dia de sessão no Tribunal de Justiça do Paraná. Armou-se a comemoração, como aconteceu quatro anos atrás – mas, desta vez, a vitória antecipada não se confirmou. O desembargador Nilson Mizuta pediu vista e o julgamento não aconteceu.
A se repetir 2012 e confirmar-se novamente o voto dos desembargadores do TJPR antes mesmo da sessão de julgamento, em breve o irmão mais velho, colecionador de condenações por improbidade, estará livre para a disputa eleitoral, um martelinho de ouro em sua ficha que não é limpa. Por enquanto, não aconteceu o que alardeavam ontem pela cidade – e o homem que gosta de derrubar canafístula continua enrolado.

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