Novo estudo compara custo da coleta de lixo em três modelos

Lixo Maringá

Dados apurados pelo vereador Humberto Henrique (PT) revelam que a licitação para privatizar a coleta de lixo em Maringá propõe pagar até 84,56% mais caro pela tonelada do que no contrato que prefeitura firmou com empresa para locação de caminhões com motorista e garis.
Quando comparada com a coleta pública, a privatização é 123% mais cara.

A conclusão é resultado da análise dos dados informados pela prefeitura em atendimento ao Requerimento nº 502/16, de autoria do vereador. Uma empresa foi contrata em outubro do ano passado para alugar até 10 caminhões, por dia, com motorista e garis, sendo responsável por quase a metade da coleta na cidade.

De outubro até abril deste ano, a empresa coletou 24.224 mil toneladas e recebeu R$ 2.023.513,28 pelo serviço. Portanto, cada tonelada coletada nesta modalidade de contrato custou para a população o equivalente a R$ 83,55. Já na licitação em andamento, Concorrência 016/2016, para privatizar 100% da coleta, a prefeitura aceita aceita pagar até R$ 154,16 por tonelada coletada, valor 84,56% mais caro.
Quando comparado com o custo da coleta realizado integralmente pela Prefeitura, incluindo a compra de caminhões novos, o valor da tonelada coletada na privatização representa um custo 123% maior a ser pago pela população.
Em estudo divulgado no mês passado, sobre os custos da Concorrência Pública 016/2016, em que a Prefeitura de Maringá pretende privatizar 100% da coleta e destinação do lixo domiciliar da cidade e a desinfecção de feiras, o vereador constatou que o valor previsto para o contrato, ao final de cinco anos, é R$ 100 milhões mais caro do que o custo do mesmo serviço realizado pela própria Prefeitura.
Sem investimento público no setor, a população de Maringá tem sido afetada com a descontinuidade do serviço da coleta de lixo. Segundo o vereador Humberto, o caminhão mais novo adquirido pelo município é do ano de 2009. Para ele, o sucateamento da frota é a principal causa dos problemas ocorridos no serviço nos últimos anos e seria uma estratégia da prefeitura para justificar a privatização. De um total de 24 veículos, 15 foram adquiridos antes de 2005, seis estão em uso há mais de 23 anos. (Gelinton Batista/Imprensa VHH)

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