Delação de Sacha Reck, que trocou e-mail com Silvio Barros II, também preocupa o Planalto

sacha reck

O site O Antagonista noticiou hoje que o advogado Sacha Reck (foto), sócio de Guilherme Gonçalves, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público do Paraná.
Reck foi preso no início de julho na Operação Riquixá, que investiga uma máfia que fraudava licitações de transporte coletivo em 19 cidades brasileiras, sendo sete cidades no Paraná – entre elas, Maringá, onde o processo ocorreu no segundo mandato de Silvio Barros II (PP). O ex-prefeito foi flagrado trocando e-mails com o advogado do grupo que representava a empresa que ganhou a licitação.
Reck foi beneficiado por um habeas corpus do ministro Sebastião Reis, do STJ, mas resolveu entregar o jogo – não apenas o do transporte. Ele atuou também em Itaipu e manteve sociedade com Guilherme, preso na Operação Custo Brasil.
Guilherme recebeu, ainda, o benefício de um habeas corpus do ministro Dias Toffoli. No entanto, ele pode voltar para a cadeia caso o STF anule a decisão de Toffoli a pedido da PGR.
Na Custo Brasil, o MPF descobriu que o escritório de advocacia Guilherme Gonçalves & Sacha Reck Advogados recebeu R$ 4,65 milhões da Consist. Na ocasião, Reck alegou que havia “clara divisão” entre os sócios que “possuíam carteiras próprias de clientes”.
A partir de agora, a versão deverá mudar.
O site acrescenta que a possível delação preocupa o Planalto. É que quem conduziu o processo licitatório que teria beneficiado o esquema de transporte público do advogado Sacha Reck foi o então vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli.
Filippelli é hoje um dos principais assessores do gabinete de Michel Temer.

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