Sandra Becker pede desaforamento de júri popular

Sandra Becker

O desembargador Macedo Pacheco, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, negou o desaforamento do julgamento da advogada Sandra Becker (foto), acusada de mandar matar o noivo, Lourival Alves, 43, a tiros, em janeiro de 2014.
Ela queria que o julgamento não fosse realizado pelo tribunal do júri da 1ª Vara Criminal de Maringá, alegando falta de estrutura adequada.

Segundo a advogada criminalista, que foi esfaqueada em março passado, ela acabou sofrendo desgastes com os jurados da cidade, bem como com alguns criou uma boa relação, “o que pode vir a violar a necessária imparcialidade dos julgadores de fato, para o “bem” ou para o “mal”, quando estes forem compelidos” a julgá-los.
Sandra Becker alegou ainda que “existem razoáveis indícios de que a segurança da acusada pode estar em risco na comarca de Maringá, eis que sua família, especialmente seus pais já idosos, têm sendo vítima de atos de violência e ameaça, todos eles com hipotética ligação ao crime que será submetido ao júri popular”.
“Relata a ocorrência de constantes manifestações na comarca, mediante veiculação de resenhas jornalísticas e exibição de programas sensacionalistas que subliminarmente tentam incutir na “cabeça” dos populares de Maringá a falsa ideia de que a acusada merece ser condenada, a qualquer preço, pelo homicídio em exame”. Ela solicitou ainda a suspensão liminar da tramitação do processo-crime para evitar a designação do júri até que seja decidido o pedido de desaforamento.
O relator negou a liminar, já que não houve designação de data para a realização do júri popular. A decisão, do final de outubro, foi publicada na semana passada.

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