Poemas de Natal

Jaime Vieira

De Jaime Vieira, recentemente homenageado pela Câmara de Maringá, em “Desencontros” (1974), resgate da Revista Carlos Zemeck:

Natal

É Natal…
Palpita o clarão das esperanças
há um ligeiro abrir de janelas
e o penetrar vivo de paz e luz
no coração escuro da humanidade.

É Natal…
A tristeza se emoldura
aos contornos convidativos da fantasia.
A noite se veste de um estranho brilho.
São estrelas e estrelas assíduas neste dia.

É Natal…
Há um anseio terno e humano
de sujar a roupa, como crianças.
Misturar-se com todos os brinquedos
e esquecer o porquê das indiferenças.

É Natal…
os sorrisos são largos e gratuitos.
Tudo cintila, tudo é fantasia.

Hoje é Natal, amanhã é outro dia
Comprimem-se os risos
e toda alegria
e o que restou
foi mais uma noite fria…

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