Um contador de causos

osvaldo reis

O corpo do escritor Osvaldo Reis, que faleceu na noite de ontem, será sepultado às 17h de hoje no Cemitério Municipal de Maringá.
A.A. de Assis lembra que Osvaldo nasceu paranaense na fazenda Santa Helena, município de Bom Sucesso. Foi historiador e colaborador de vários jornais e revistas e um dos fundadores da Academia de Letras de Maringá e integrante da seção local da UBT – União Brasileira de Trovadores.

Gostava de definir-se como “um contador de causos”. Ótimo declamador, destacava-se pela impressionante memória, capaz de dizer de cor longuíssimos poemas. Fazia ponto nos finais de semana na Confeitaria Açucapê, onde passava horas batendo papo com uma roda de amigos. Há muitos anos sofria de diabetes.
Livros publicados: “Boca maldita – poucas e boas das velhas raposas” (1994); “Maringá e seus prefeitos” (1996); “Maria 57 anos – a história em conta-gotas!” (2004); “Napoleão Moreira da Silva – um monumento da história” (2008); “O pioneiro anônimo” – cordel (2008); “Essas crianças” (2011).
Como trovador, deixou trovas que ficaram célebres, como estas:

Mostra o sábio o que destaca
do burro a paca, e sussura:
– É que o burro sempre empaca,
e a paca jamais emburra.

Nos extremos desta vida,
um contraste se percebe:
a terra chora a partida
daquele que o céu recebe.

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