Jovem de Rosana denuncia padre de Maringá

Jair Favoretto

O padre Jair Aparecido Favoretto (foto), pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Maringá, foi acusado de favorecimento à prostituição em Rosana (SP).
De acordo com o Jornal da Nova, de Nova Andradina (MS), o caso aconteceu em setembro do ano passado.

Segundo o site, a denúncia já foi recebida pela comarca de Rosana e as investigações apontam o possível envolvimento do padre em outras questões. Ele deverá apresentar sua defesa à Justiça dentro de 10 dias. A reportagem não conseguiu contato com o padre para esclarecimentos.
Consta no incluso inquérito policial que no dia 12 de setembro de 2016, na parte da manhã, na rua Maria Francisca Pereira, região central de Rosana, o padre Jair induziu à prostituição um jovem de 18 anos. Ele possui um rancho de terras em Rosana, frequentando-o nos feriados e em alguns finais de semana, e teria oferecido R$ 20 ao jovem para que ele o masturbasse.
O Judiciário recebeu a denúncia, oferecida pelo Ministério Público, mas considerou desnecessária a aplicação de medida cautelar. “Isto porque não vislumbro demostrado nos autos, qualquer elemento de convicção que presuma que o denunciado possa querer se aproximar da pretensa vítima e seus familiares para propor acordo ou ameaçá-las com o fito de prejudicar a instrução processual. Ademais, se assim agir, eventualmente, poderá vir a cometer algum delito”, explica o magistrado.
“Ademais, como está nos autos, a pretensa vítima e sua genitora é que ia até a casa do denunciado, e não o contrário. Aliado a isso, de se verificar que o denunciado reside na cidade de Maringá (PR), e só vem até Rosana em momentos de férias, demonstrando que raramente estará na mesma cidade que a pretensa vítima”, completa o juiz.
Apesar de indeferido o pedido de aplicação da medida cautelar, a denúncia por favorecimento à prostituição ainda será julgada pela Justiça após a defesa do acusado, “ressaltando-se que, caso venha aos autos novos elementos de prova que demonstre comportamento do denunciado no sentido de que possa tentar intimidade ou coagir a vítima ou testemunhas, tal medida pode ser aplicada, sem prejuízo de outras que se fizerem necessárias”.
O padre Jair há cinco anos envolveu-se em episódio com uma catequista, que chegou a pedir indenização por danos morais e, depois, recuou.

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