Fazendinha apresenta fontes de renda e sustentabilidade

Mais uma vez, a Fazendinha vai ser um dos centros das atenções do público visitante da Expoingá.
Com o tema “Ambiente Rural – Vida de Resultados”, as atrações procuram mostrar que, “no campo, há tempo para semear, criar, colher e viver de forma sustentável”.

De acordo com o coordenador da Fazendinha, José Antônio Rosa Filho, engenheiro agrônomo do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, Emater, nos 6 mil metros quadrados de área do local será possível encontrar várias opções para ampliar a produtividade e a renda das propriedades rurais. Principalmente, das compreendidas pelo universo da agricultura familiar.
Ele cita que a agroecologia volta a ser um dos destaques. “A segurança alimentar é uma das nossas prioridades. Produzir alimentos sem uso de adubos químicos e a aplicação de agrotóxicos, com a preservação do ambiente, é vital para a população ter uma vida mais saudável”, ressalta.
A produção de morango, no sistema semi-hidropônico, de maracujá, abacaxi e banana serão opções apresentadas na Fazendinha. Outra será a transformação de frutas em geleia e compotas. “A fruticultura é rica. Tanto in natura quanto processadas, as frutas são importantes fontes de renda para o agricultor”, afirma Rosa.
O “Banco de Alimentos” vai focar na produção para atender o mercado das feiras dos produtores. Na “Unidade Didática de Hortas Urbanas”, será demonstrado como reaproveitar materiais, que seriam descartados, para cultivar hortaliças e condimentos em residenciais e até em apartamentos.
No “Barracão”, vão estar reunidos produtores de flores e empresários envolvidos com o Turismo Rural e caminhadas na natureza. Haverá ainda um museu com peças usadas na “roça de antigamente”.
O controle de pragas, doenças e ervas daninhas, com a aplicação adequada de agrotóxicos, será apresentado na “Unidade de Grãos”. Próximo ocorrerá a demonstração das técnicas para combater os prejuízos provocados pelas formigas cortadeiras.
A coleção de 34 espécies de gramíneas e forrageiras próprias para a formação de pasto e para a alimentação do gado também estará entre as novidades. “Soma com o espaço do café e da criação do bicho da seda, de peixes para atrair mais público para a Fazendinha”, diz Rosa.

MAQUETE AMBIENTAL
Na maquete ambiental, serão retratadas maneiras para se preservar a flora, a fauna e os recursos hídricos. Terá até “rios voadores”, que simulam a formação das chuvas. Alertas sobre o manejo adequado do solo para proteger as áreas de microbacias também estarão presentes.
O coordenador da Fazendinha recorda que o Paraná já foi referência mundial em conservação de microbacias e que é necessário retomar os cuidados para preservar os mananciais e as matas ciliares. “As erosões voltaram a assustar os agricultores”, diz.
Exemplos de produção de energia limpa por meio da captação de raios solares ou da força dos ventos também estarão expostos na Fazendinha. “Em uma volta completa, é possível encontrar caminhos viáveis e rentáveis para serem implantados no ambiente rural”, frisa Rosa.
O horário de visitação pública será das oito às 22 horas. Neste ano, são esperadas mais de 330 excursões de estudantes, produtores rurais, idosos e autoridades. Rosa estima que entre 30% e 40% das pessoas que ingressarem no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, durante a 45ª Expoingá, vão conhecer as atrações do local.
A Fazendinha é uma iniciativa fruto da parceria entre a Sociedade Rural de Maringá, SRM, entidade realizadora da Exposição, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Seab, e Emater.

ENCONTROS TÉCNICOS
Além das unidades didáticas, a programação da Fazendinha prevê uma série de palestras técnicas para divulgar projetos e novidades que podem ser aplicados no campo. Neste ano, serão quatro dias de mobilização de agricultores de diversas áreas.
Os encontros vão reunir produtores de hortaliças, leite, grãos e o tradicional evento das mulheres. No de grãos, serão apresentados os resultados do trabalho de combate a pragas e doenças, com aplicação monitorada de veneno; um panorama para a safra 2016/17; e a projeção climática para o ciclo 2017/18. Outro tema será o desafio do controle da ferrugem asiática, por causa da resistência a determinados produtos adquirida pelo fungo. (SRM)

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