Grupo de oração, uma discussão

Divino Espírito Santo

De um membro do grupo de oração:

Que os “tempos” estão difíceis para os brasileiros todos sabem, e sabem bem, porque sentem na “pele” todos os efeitos desse mau tempo. Em tempos difíceis o homem sobrevive principalmente pela fé e esperança já que não há em quem confiar. Em tempos difíceis Deus é a saída e a esperança da maioria dos brasileiros, como diz o ditado popular: “Deus é brasileiro”. Realmente o brasileiro é religioso e o Brasil é um dos países com uma maior prevalência de católicos (57%).

Maringá tem se tornado famosa por atributos relevantes tais como “melhor cidade para se viver no Brasil” e ainda “cidade natal do juiz mais famoso do Brasil”. Mas contrariando esses atributos, em Maringá encontramos problemas sérios com relação as decisões da Igreja Católica.
Enquanto o papa Francisco tenta resgatar esta igreja que tem perdido seus seguidores ano após ano e tem aberto as portas da Igreja católica a todos aqueles que quiserem voltar ou mesmo entrar nela, o que se observa em Maringá é uma disparidade entre o que a Igreja Católica na figura do seu pontífice decide para a humanidade e os fatos que acontecem.
Por incrível que pareça no ano da misericórdia anunciado pelo papa Francisco o pároco que assumiu a Paróquia Divino Espírito Santo em 2014 tem se posicionado contra o aglomerado de pessoas que se reúnem na paroquia às segundas-feiras alegando que o número de carros é muito grande e tem deixado a igreja fechada para não receber os fiéis (que tem ficado na chuva para rezar), como foi o caso da última segunda-feira, dia 1º/5/2017.
Entretanto o referido sacerdote parece ignorar o fato de existir uma pizzaria e um centro espírita nas proximidades da igreja, que também influenciam na presença de automóveis no local. Aparentemente e infelizmente, para o pároco que cuida da Igreja, é preferível que a Igreja fique vazia e fechada.
Como sugestão o pároco em questão anuncia que o grupo de oração deve ir para outro local (qualquer local para ele não importa – palavras dele) esquecendo qual a verdadeira função da Igreja que é acolher os fiéis e evangelizar. Citando o padre Orivaldo Robles que escreveu um artigo no site da arquidiocese no sentido de acolhida e evangelização. São suas palavras:
“A Igreja existe para evangelizar: essa é a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição” (Evangelii Nuntiandi 14).
Evangelizar é conduzir as pessoas no rumo do crescimento espiritual, sem descuido do aprimoramento cultural, moral, econômico e social de todo o povo da região onde a Igreja se faz presente.
Estes 60 anos dão testemunho da existência, entre nós, de uma Igreja voltada à evangelização de pessoas de carne e osso, participantes do mundo real e contraditório em que vivemos. Uma Igreja que jamais se cansou de incentivar padres, diáconos, religiosos e fiéis cristãos leigos a se inserirem nos desafios da sua comunidade em vista do bem-estar, da paz e da convivência harmônica entre os cidadãos.”
Ainda podemos ressaltar que alguns princípios básicos da Constituição Federal Brasileira estão sendo violados tais como “o principio de que todos são iguais” e como consta no Art. 5º, VI “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”
Os fiéis que se reúnem às segundas-feiras são tratados de forma discriminatória ao serem impedidos de se reunir na igreja.
O pároco não se incomoda com os carros estacionados pelos fiéis que frequentam a missa diariamente, o que nos mostra o agir discriminatório de um membro da Igreja.

Neste texto queremos colocar como desabafo esta situação uma vez que não temos tido ninguém para nos defender.
O que nos resta é a esperança de que tudo se resolverá e o grupo de oração poderá se reunir novamente todas às segundas-feiras.
E é nas palavras de nosso arcebispo dom Anuar Battisti que o grupo seguirá caminhando: “A esperança não morre“.
“O que deve ficar sempre em nós, em qualquer situação da vida é a mensagem de Jesus: “não tenhas medo”. A esperança não morre, a força para lutar vem do alto. Que o Senhor nos dê a todos esta alegria em esperança. E o sinal de que nós temos esta alegria em esperança é a paz.”

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