Prefeitura vai duplicar avenida Carlos Borges e cobrar taxa de contribuição de melhoria

carlos borges

A Prefeitura de Maringá vai abrir licitação para contratar empresa que executará as obras de duplicação nos 3,2 quilômetros de extensão da avenida Carlos Borges, que vai desde o cruzamento com a avenida Luiz Teixeira Mendes até o Contorno Sul da cidade.

O valor máximo estipulado para a obra será de R$ 7 milhões e a cobrança dos proprietários de imóveis no trajeto será taxada como contribuição de melhoria.
A decisão em conjunto foi tomada pelo prefeito Ulisses Maia e os 140 donos de lotes às margens da via, durante reunião na noite de ontem, no Auditório Hélio Moreira, para debater a questão. Também participaram do encontro o vice-prefeito Edson Scabora; os secretários de Obras Públicas, Marcos Zucoloto; de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur; de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Francisco Favoto; de Gestão, Laércio Fondazzi; de Fazenda, Orlando Chiqueto; engenheiros e técnicos da Secretaria de Planejamento e Urbanismo; e os vereadores Sidnei Telles, Flávio Mantovani, Belino Bravin, William Gentil, Alex Chaves, Paulo Rogério do Carmo e Jean Marques.
Ao abrir a reunião, em rápida consulta aos proprietários, o prefeito descartou a proposta de executar a obra pelo sistema do Plano Comunitário de Melhoramento Maringá (PCMM), previsto na Lei nº 4965/1999. Ela determina que uma obra pode ser realizada por meio de parceria entre a Prefeitura e a comunidade, com aplicação do rateio entre os beneficiados, desde que haja adesão de 70% dos donos de imóveis.
Os proprietários alegaram que o asfaltamento da avenida já foi pago por eles 30 anos atrás e, por isso, a proposta do Plano Comunitário já havia sido rechaçada, com apenas 10% de adesão, em outras tentativas de duplicação da via com administrações anteriores.
“Que vamos fazer a duplicação é fato concreto. Como será lançada a cobrança é o que vamos debater, abrindo um diálogo aberto e transparente com a comunidade interessada”, disse Ulisses, acrescentando que a Prefeitura não dispõe de orçamento previsto para investir R$ 7 milhões na obra, mas que vai estudar uma forma de viabilizá-la para ter início ainda neste ano. “Não vamos impor nada que seja contrário à vontade da comunidade e agir sempre com bom senso para se chegar a um consenso satisfatório para todos”, destacou.
Para o secretário de Obras Públicas, Marcos Zucoloto, as condições precárias atuais do asfalto não suportam mais apenas reparos das operações tapa-buraco emergenciais. “É preciso haver reforço na base do asfalto, nas galerias pluviais, calçadas, sinalização, destacamento de faixas e realizados outros procedimentos e adequações que obedeçam as normas e diretrizes previstas em lei”, assinalou.

PROJETO
Conforme projeto preliminar elaborado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a duplicação da avenida ocupará uma faixa de 36 metros de largura. Serão duas pistas de 9 metros, contendo duas faixas de rolamento e uma de estacionamento; canteiro central de 4 metros; uma faixa de ciclovia e calçadas laterais. Haverá semáforos para transposição da via nos cruzamentos, retornos e criados binários com pontos de ligação nas vias paralelas.
Por sugestão do vereador Sidnei Telles, será criada uma comissão de proprietários de imóveis para analisar o Plano Urbanístico e negociar eventuais alterações com a Câmara Municipal e Prefeitura.
Uma nova reunião para debater o avanço da proposta ficou de ser marcada dentro dos próximos 15 dias. (PMM)

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