Empresário de Maringá é preso em operação contra político

Valdeir

O Ministério Público do Paraná, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Arapongas, em conjunto com os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Londrina e Maringá, deflagrou a Operação Control Z, que investiga fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, agiotagem, advocacia administrativa e sonegação fiscal envolvendo Valdeir José Pereira (PHS), o Maringá (foto), ex-presidente da câmara daquela cidade.

Foram cumpridos mandados de prisão temporária contra o ex-presidente do Legislativo (biênio 2015-2016), o presidente do Conselho da Comunidade de Arapongas e dois empresários, de Mandaguari e Maringá. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados. Em duas delas (em Arapongas e em Mandaguari), foram apreendidas três armas de fogo sem registro e munições, além de centenas de cheques de terceiros e mais de R$ 80 mil em espécie. Os nomes não foram divulgados pelo Gaeco.

ESQUEMA
Com base em depoimentos, interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário deferidos pela Justiça, as investigações do Ministério Público apontam que os empresários, que mantinham contrato superfaturado para a digitalização do acervo físico da Câmara, pagavam propina ao ex-presidente do Legislativo Por meio de repasses bancários realizados ao presidente do Conselho da Comunidade de Arapongas, que atuaria como “laranja” do esquema ilícito. Esses repasses, segundo a Promotoria, seriam para quitar dívidas do vereador com o próprio “laranja”, por conta de empréstimos e dívidas de agiotagem.
Ainda durante as investigações, a Promotoria constatou que o ex-presidente da Câmara patrocinou interesses particulares do presidente do Conselho da Comunidade junto ao setor de tributação da Prefeitura Municipal de Arapongas, com o objetivo de diminuir ilegalmente a base de cálculo de impostos devidos em decorrência da propriedade de um imóvel.
O MPPR apurou que os pagamentos mensais de propina (no valor de R$ 22 mil) ocorreram entre os anos de 2015 e 2016 por, pelo menos, onze meses durante esse período. Até o momento, o valor apurado das fraudes ultrapassa R$ 355 mil, podendo chegar a R$ 2 milhões em valores atualizados.

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